O Arquivo Metal CWB publica entrevista com o batera Vito Cuneo, da banda curitibana Terrorzone. Formada em 2004, a banda caracteriza-se pelas letras em tom crítico, tendo gravado 2 EP's (Welcome to the Terrozone, de 2006, e World Paranoia, de 2009). Na conversa, ele falou sobre o thrash metal curitibano, sobre os trabalhos atuais da banda e projetos para este ano. Confira:
Guilherme Carvalho: Então, cara, vocês são uma banda de thrash bastante fiel, ao estilo, não? Pergunto isso, porque hoje em dia parece que têm havido muita transição pelos diversos subgêneros do metal.
Vito Cuneo: Sim, gostamos de bandas de thrash metal e reproduzimos isso na banda, percebe-se no "tupa-tupa" da batera, mas não ficamos presos ao estilo dos anos 80. Percebe-se que o som é mais moderno, nas letras. Eu defino como metal malaria, pois o som é thrash, mas as letras não. As letras carregam crítica e metáfora aos conflitos que vivemos hoje em dia, como corrupção, guerras, violência, terror, dai o nome "Zona do Terror", no caso, Terrorzone.
GC: Bom, mas se considerarmos que o thrash metal surge num período de contestações e que já nos anos 80 as letras carregavam um tom crítico, podemos dizer que nesse aspecto vocês não se distanciam tanto das origens.
VC: Claro, exemplos não faltam no thrash europeu, como Kreator, Destruction e Sodom. A ideia é fazer o som thrash, mas sem ficar na sombra, pois buscamos uma identidade, buscamos nosso próprio espaço.
Guilherme Carvalho: Então, cara, vocês são uma banda de thrash bastante fiel, ao estilo, não? Pergunto isso, porque hoje em dia parece que têm havido muita transição pelos diversos subgêneros do metal.
Vito Cuneo: Sim, gostamos de bandas de thrash metal e reproduzimos isso na banda, percebe-se no "tupa-tupa" da batera, mas não ficamos presos ao estilo dos anos 80. Percebe-se que o som é mais moderno, nas letras. Eu defino como metal malaria, pois o som é thrash, mas as letras não. As letras carregam crítica e metáfora aos conflitos que vivemos hoje em dia, como corrupção, guerras, violência, terror, dai o nome "Zona do Terror", no caso, Terrorzone.
GC: Bom, mas se considerarmos que o thrash metal surge num período de contestações e que já nos anos 80 as letras carregavam um tom crítico, podemos dizer que nesse aspecto vocês não se distanciam tanto das origens.
VC: Claro, exemplos não faltam no thrash europeu, como Kreator, Destruction e Sodom. A ideia é fazer o som thrash, mas sem ficar na sombra, pois buscamos uma identidade, buscamos nosso próprio espaço.
GC: E como é fazer thrash metal hoje?
VC: Primeiramente, nós tocamos pois realmente gostamos. Sabemos que é dificil, não só por ser thrash, mas por ser underground também. A maioria das pessoas não curte pelo som, mas quando entendem a temática das letras, passam a achar mais interessante. Mas realmente, é dificil, para exposição e aceitação. Não que isso seja importante, mas comparando o Terrozone com outra banda mais rock, sabemos que ficamos atraz. O que compensa é o público thrash, ou seja os thrashser.
GC: E se falarmos de Curitiba?
VC: Pois é, Curitiba rola algumas coisas estranhas.. o público é dividido. Creio que isso acontece pois existem muitas bandas, o que é interessante, mas ao mesmo tempo divide o público. O outro ponto é criado pela tendência das casas de shows, que incentivam muito mais as bandas covers do que as de som próprio.
GC: Essa é uma particularidade local? Talvez explique, em parte, a dificuldade das bandas daqui se lançarem nacionalmente.
VC: Eu acredito que sim. Já tocamos fora da cidade, em Ponta Grossa e em Paranaguá, e fomos bem recebidos em todas as oportunidades. Talvez seja o fator "banda de fora", que sempre chama mais atenção que as bandas da cidade, mas tocamos 2 vezes em Ponta Grossa e a recepção foi melhor ainda na segunda vez.
GC: Por outro lado, o que tenho ouvido me leva a crer que não falta qualidade dos músicos e das bandas, em geral. Concorda?
VC: Sim, temos ótimas bandas aqui. Bons de qualidade musical, tanto na composição, execução ao vivo, na qualidade dos intrumentos, enfim, temos muitos pontos positivos aqui, olha que a Terrorzone tem 6 anos de atividade. Antes da Terrorzone nós faziamos um Sepultura cover, ou seja, estamos há quase 10 anos tocando, ensaiando, tocando, gravando... Já estive do outro lado da banda cover e tinhamos que sempre levar novidades, pois a banda cover ganha e perde público muito rápido. Com a Terrorzone nunca sentimos isso, pois estamos sempre compondo músicas novas.
GC: Quais bandas do thrash curitibano você destaca e, além do Sepultura, quais outras influências do Terrorzone?
VC: Pô, a lista é grande: temos Jailor, Septic Brain, atualmente o Necropsya, Redtie.. estamos muito bem servidos aqui. Sobre as influências, posso citar Slayer, Napalm Death, Kreator, Destruction, Testament, além das influências individuais.. Eu, por exemplo, sou muito fã de Pantera, desde a minha adolescência. o Gustafá (Gustavo Costa - guitarra), por exemplo, curte bastante, Black Sabbath, o (Juliano) Berte (vocal) é muito fã de Sepultura, dos anos 80 e Nevermore, e o (Gustavo) Kid (baixo), por fim, curte uma linha mais groove, metal dos anos 80.
GC: No que estão trabalhando no momento?
VC: Atualmente estamos trabalhando em uma música nova, intitulada "Do not believe in their fucking lies" (D.N.B.I.T.F.L).
GC: A quem é dirigida a crítica?
VC: Sobre a situação que vemos em épocas de eleição, propagandas e promessas políticas. Gostamos de usar metáforas, para não ofender ninguém diretamente. Depois da gravação do EP World Paranoia, começamos a fazer músicas novas. A penúltima música que compomos se chama a "Kicking Ahead". Já tocamos ao vivo no show em Praia de Leste. Mas a atual, tem sido a "D.N.B.I.T.F.L", que ainda não apresentamos ao vivo.
GC: Essas vocês pretendem disponibilizar no Myspace?
VC: Sim, pretendemos primeiro mostrar em vídeos no youtube e, para 2011, pretendemos gravá-las, mas ainda não planejamos. A ideia é sempre gravar, mostrar as novidades a evolução da banda. Mas não temos nada de concreto sobre isso.
VC: Pô, a lista é grande: temos Jailor, Septic Brain, atualmente o Necropsya, Redtie.. estamos muito bem servidos aqui. Sobre as influências, posso citar Slayer, Napalm Death, Kreator, Destruction, Testament, além das influências individuais.. Eu, por exemplo, sou muito fã de Pantera, desde a minha adolescência. o Gustafá (Gustavo Costa - guitarra), por exemplo, curte bastante, Black Sabbath, o (Juliano) Berte (vocal) é muito fã de Sepultura, dos anos 80 e Nevermore, e o (Gustavo) Kid (baixo), por fim, curte uma linha mais groove, metal dos anos 80.
GC: No que estão trabalhando no momento?
VC: Atualmente estamos trabalhando em uma música nova, intitulada "Do not believe in their fucking lies" (D.N.B.I.T.F.L).
GC: A quem é dirigida a crítica?
VC: Sobre a situação que vemos em épocas de eleição, propagandas e promessas políticas. Gostamos de usar metáforas, para não ofender ninguém diretamente. Depois da gravação do EP World Paranoia, começamos a fazer músicas novas. A penúltima música que compomos se chama a "Kicking Ahead". Já tocamos ao vivo no show em Praia de Leste. Mas a atual, tem sido a "D.N.B.I.T.F.L", que ainda não apresentamos ao vivo.
GC: Essas vocês pretendem disponibilizar no Myspace?
VC: Sim, pretendemos primeiro mostrar em vídeos no youtube e, para 2011, pretendemos gravá-las, mas ainda não planejamos. A ideia é sempre gravar, mostrar as novidades a evolução da banda. Mas não temos nada de concreto sobre isso.
GC: Gravar em 2011, segnifica que vocês depois disso devem lançar um CD?
VC: Não, ainda não. Estamos com essa formação há pouco mais de 2 anos. Passamos 9 meses (de 2009) em estúdio gravando o World Paranoia. Para gravar um CD, queremos ter pelo menos 8 músicas com a nova formação. Por exemplo, das 4 músicas do World Paranoia, 3 são composições da formação antiga, quando ainda éramos em 2 guitars. Quando aconteceram as mudanças, tivemos que adaptar as músicas para 1 guitar, a linha do baixo foi mudada para dar mais peso, até a batera sofre alterações para deixar as músicas mais "cheias". Me refiro a "Evil Feelings", "Paranoia" e "In the Name fo Vanity". A "Inferno", foi a primeira música do Berte pra banda. Claro que a gravação de um CD faz parte dos planos da Terrorzone, mas não para 2011. Dividimos nosso tempo com shows, ensaios e a profissão de cada um, pois não vivemos de músicas e nem da banda.
GC: O fato de não ter o apoio de uma gravadora é um impeditivo hoje pra fazer a banda avançar?
VC: Sim, sem dúvidas. Em 2006 gravamos e lançamos o Welcome to the Terrorzone (EP), em 2009, World Paranoia, ambos com produção independente. Vejo bandas que têm mais tempo de estrada e consequentemente mais apoio com gravadoras, a qualidade da gravação e produção do CD é muito melhor.
GC: De qualquer forma isso não tem impedido que vocês continuem o trabalho...
VC: Claro que não, pelo contrário. Serve de estímulo. Em primeiro lugar vem a nossa vontade de tocar, de fazer o som que gostamos, claro que pensando na repercurssão que o nosso som pode ter. Claro que estamos sempre buscando contatos para shows, para divulgar o som, participando de coletâneas, produzindo material para divulgar a imagem da banda, como camisetas, chaveiros...
GC: As músicas de vocês que estão no Myspace são todas do EP?
VC: Não. No começo desse ano, fizemos um remaster com as músicas do 1º EP - Welcome to the Terrorzone - para deixar as músicas das 2 demos com a mesma qualidade. A ideia é mostrar a evolução da banda nesses 6 anos. Então resolvemos colocar uma música dessa remixagem, para chamar atenção da galera. Me refiro a "Random Bullet".
GC: E a "In the name of Vanity"?
VC: A "In the name of Vanity" é com 1 guitar, foi gravada em 2009.
GC: Mas tem um trecho nela com duas guitarras, não?
VC: Ah, sim. No estúdio foram feitas dobras, para fazer a base do solo.
GC: Pois é. E pra executar ao vivo?
VC: Todas as músicas estão com dobras, tem base no solo. Ao vivo temos que nos desdobrar para cobrir essas diferenças. O baixo fica mais grave, a batera tem mais pedal duplo... É mais ou menos como o Pantera fazia ao vivo, claro que o Pantera tinha toda uma produção ao vivo.
GC: Mas a ideia é manter assim ou contratar um guitarrista no futuro?
VC: O Gustafá usa afinação em ré. Isso ajuda muito para deixar a música com "corpo". O Berte tem vontade de tocar guitarra e cantar. Estamos estudando essa ideia, mas, sinceramente, estamos contentes com a atual formação. Enfim, podemos ter novidades em 2011!
GC: Bom, além de gravar a "D.N.B.I.T.F.L", quis outros objetivos neste ano?
VC: Tocar ao vivo. Estamos buscando contatos fora de Curitiba e do Paraná. Temos muita vontade de tocar nos festivais que rolam em Santa Catarina. Estamos produzindo um vídeo clip da "Inferno", previsão para o 2º semestre. Mas o foco é shows. Queremos aproveitar a gravação do World Paranoia, afinal foram 9 meses gravando, merecemos tocar ao vivo esse som.
Mais sobre a banda: http://www.myspace.com/bandaterrorzone
4 comentários:
arruma o nome do estilo
trash metal é tHrash metal
fora isso massa a entrevista
valeu, caro anônimo. corrigido
Muito boa a entrevista.
Nós aqui do EPV Extreme Design e INTO THE FIRE estamos curiosos pra ouvir essa pedrada que deve ser a musica "D.N.B.I.T.F.L".
Estaremos sempre lado a lado.
TERRORZONE é uma puta banda, gostamos assim que ouvimos pela primeira vez. Thrash Metal empolgante e com identidade própria, muito importante isso hoje em dia.
To devendo uma ida no Show,
Abraço Vitão
Evertinho
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