25 de jul. de 2010

Crônica: Big 4 com chopp no cinema

Por Marcos Araújo


Foi uma típica sexta-feira curitibana. Daquelas que começa com um calor razoável, dae você pensa: “Pô, massa. Vou trampar só de camisa.” E eis que à tarde chega um frio glacial e você literalmente toma no c...

Pois bem, depois de aguentar todo o empenho de um dia de trabalho, recebo uma ligação do “monstro” (Welinton Lisboa - baterista do ATTP), lembrando que a noite iria rolar a reapresentação do Big 4. Automaticamente a ideia de ir pra facul foi pro espaço, e me dirijo ao UCI do “Villadium”.

Chego às pressas na bilheteria com medo da possibilidade de não encontrar mais ingressos. Dae vejo no monitor que só tinha uma meia dúzia de pião. Bom, pelo menos ninguém vai me encher o saco de colocar o pé na poltrona. Na sequência o monstro e outro camarada chamado Robson, chegam, e vamos ao encontro de um detalhe muito importante: o chopp, da Heineken. Papo vai, papo vem, e quando percebemos faltavam dez minutos para começar o Big 4 e meu chopp de 700 ml ainda estava cheio. Após ouvir do Welinton que não havia a possibilidade de entrar tomando no UCI, acabo com o chopp em segundos e subo muito loco escorado na escada rolante. Chegado lá, todos estavam tomando dentro do cinema, que bosta, pensei, então voltei pra pegar outro (he, he, he).

Começa a maratona de shows com o Anthrax. Confesso que é uma banda que não conheço muito, mas só o fato de a banda ser fundada no ano que eu nasci, e desde então vir trilhando um thrash de respeito já merece toda a atenção. Com o Belladonna nos vocais pela “quinquagégima” vez, o fato de os caras demonstrarem muito prazer pelo que fazem no palco, refletindo isso em toda a empolgação dos integrantes e integração com o público, faz com que o show seja bem massa. Não sei se foi a edição do show, ou algo assim, mas a impressão que eu tive foi que o Anthax tocou muito menos tempo que as outras 3 bandas. Mas na minha opinião, em vários momentos empolgou muito mais o público do Sonisphere Festival que o Megadeath. 


No final do show do Anthrax ainda rolou "Heaven and Hell" como tributo ao Dio. Na sequência uma série de entrevistas com integrantes das bandas em homenagem ao Dio. E como não havia legenda, todos ficaram olhando para a tela com uma cara tipo: “nem esquente, estou manjando tudo”. Nesse momento pausa para buscar mais um chopp de 700 ml.

Falando então do Megadeath, uma banda que conheço desde os primórdios da minha pirralhice, e já tive a oportunidade de vê-los ao vivo. A instrumental está impecável, mas o vocal, vixe. Em certos trechos, principalmente de músicas do R.I.P, o Mustaine mais parecia uma véia fanha. Mas mesmo assim, ouvir clássicos como Hangar 18, ou ainda “Skin o’ my teeth” do Countdown to extinction, foi muito massa. O detalhe da aerografia da flying V do cara, com a capa do “Rust in peace” também chamou a atenção.

Enfim, o Slayer. O que dizer dessa banda que o mundo inteiro já não saiba. Pra variar o show dos caras foi fodasticamente foda. Só porrada. O King com um Spike que mais parecia um porco-espinho empalado com o próprio pulso e meia dúzia de correntes que quase eram maiores que o cara, e o Hanneman gordo pra caramba destruindo tudo.

Nesse momento, com o pé na poltrona e um chopp da Heineken na mão, rindo pra caramba com os camaradas e curtindo um Slayer em um telão gigantesco com um som infernal de tão alto, percebi, que estar ali naquele momento foi a melhor coisa que poderia ter feito.

Quando o Slayer saiu do palco já era umas 2 da madruga, eu já estava meio vesgo de cansado, mas desci buscar mais um chopp na praça. Cheguei lá e estava tudo escuro e fechado, mas ei que vejo a luz... Em um canto ainda havia uma lojinha com chopp da Brahma. “Não da nada, vai esse mesmo”, pensei. E como não tinha mais de 700, foi dois de 500 ml, mesmo. Voltando à sala do UCI. O Metallica estava no palco já. Subi tropeçando e quase derramando chopp por tudo. Metallica é outra banda que conheço desde os primórdios da minha pirralhice também, mas eu parei de ser fã no “And Justice for All”. Na minha opinião o melhor disco. E fiquei muito feliz de ouvir clássicos antigos, inclusive, do próprio “In just”. Para o público do Sonisphere Festival foi o auge do dia. Realmente eles devem ter muitos fãs por lá. Estádio lotadaço cantando junto todos os clássicos. Quando chegou nos hits do álbum preto eu capotei (kkkk). Acho que dormi 1 ou 2 músicas. Estava desde às 6 horas da manhã na ativa, ninguém é de ferro. Mas acordei com os fogos de artifícil que precedem a “One” do “In Just for All”. Muito bom.

No final, após umas 4 horas de metal, todas as bandas sobem no palco para juntas tocarem "Am I Evil?" Só não vi o King e o Hanneman (kkkk).

Enfim acabou a maratona de shows. Desci no estacionamento e a impressão que tive foi de estar em uma cena do “Dawn of the Dead”. Tudo escuro e fechado, com uma meia dúzia de cabeludos correndo pelos cantos e berrando. Após uma seção de buzinasso finalmente achei a saída daquela porcaria.

R$ 20 a meia é um preço caro pra uma seção de cinema. Mas somando-se tudo o que rolou nessa noite, pra mim valeu a pena.

2 comentários:

Marcelo TRUE disse...

Esse vocabulário da baixinho é fooooooda!

7polegadas disse...

...and justice for all

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