10 de jun. de 2011

Entrevista: Fire Shadow responde críticas e traça novos planos

Após vencer a etapa regional do Wacken Metal Battle, em Curitiba, a banda Fire Shadow se prepara agora para a fase nacional que ocorre no dia 24 de junho, em Varginha. Antes de encarar este novo desafio, o vocalista Marco Lacerda conversou com a equipe do Arquivo Metal CWB, sobre a conquista, as críticas e os planos da banda. A Fire Shadow surgiu em 2003 e desde então lançou 2 demos: “Desire to kill” (2004) e “Lost memories” (2005), além do CD “Fire Shadow” (2007). O trabalho mais recente foi a single “Steel and metal”, lançada este ano. Confira mais:

Guilherme Carvalho: Fale um pouco da história da banda. Como vocês começaram?
Marco Lacerda: Olha Guilherme, a banda começou no ano de 2003 com quatro adolescentes que tinham um sonho em comum: tocar em uma banda de Heavy Metal. As coisas começaram a ficar sérias e em 2004 já gravamos nossa primeira demo “Desire to kill”. De lá para cá a formação mudou algumas vezes e, com uma segunda formação estável, gravamos nosso primeiro full no ano de 2007: o álbum auto intitulado “Fire Shadow”.  No momento a atual a formação já é diferente: Bruno Quimelli (guitarra), Cássio Fugimoto (Baixo), Francisco Kozel (Guitarra), Leandro Zonato (bateria) e eu, Marco Lacerda (Vocal).

GC: Vocês começaram com música própria, então?
ML: Isso, já começamos com um enfoque em músicas autorais.

GC: E o Thiago Neuwert, guitarrista?
ML: O Thiago foi um dos membros fundadores, um cara muito importante para a banda, pelo qual temos muita consideração e uma grande amizade! Ele esteve conosco desde 2003, saiu em 2006, e teve um breve periodo com a gente no início deste ano.

GC: Nesse período vocês ficaram só com um guitarrista?
ML: Isso, entre 2007 e 2011 tivemos alguns segundos guitarristas, mas ninguém que tenha se estabilizado na banda. Agora é que a coisa está legal com dois guitarristas bem entrosados: Bruno Quimelli e Francsco Kozel. Entre 2007 e 2010, quem segurou a bronca das guitarras foi o grande Rodrigo Cardoso, excelente guitarrista.

GC: Bom, vocês já estão há um certo tempo na estrada. Já dá pra dizer que a banda é prioridade na vida de vocês?
ML: Cara, a maioria dos integrantes tem empregos fora da música, mas tratam a banda como um segundo emprego para o qual se dedicam muito. Com certeza não é uma prioridade exclusiva, mas uma delas!

GC: E sobre a seletiva do Wacken aqui. Como foi ter participado?
ML: Foi um dos momentos mais importantes da trajetória da banda, sem dúvidas. Muito bacana, até porque todas as bandas que participaram eram de alto nível e o público foi bastante participativo.

GC: E ter ganhado? Como vocês encaram essa responsabilidade agora?
ML: Foi emocionante vencer o evento, primeiro por estarmos "competindo" com bandas muito boas, segundo porque é uma alegria imensa ter o trabalho reconhecido por jurados como Ricardo Batalha, um dos jornalistas mais bem conceituados na mídia especializada em música pesada e ainda mais pelo público.

GC: E pra final brasileira? Vocês estão se preparando? Como está o ânimo da banda pra essa final?
ML: Estamos muito animados, mantivemos a regularidade de ensaios e estamos fazendo alguns últimos ajustes para deixar as músicas ainda mais coesas. No mais, nosso objetivo é fazer um show legal para o público que estiver presente no festival, sem se preocupar muito com o lance de competição.

GC: Não sei se você viu, mas alguns comentários do público leitor (do Arquivo Metal CWB) fazem críticas à banda e ao resultado da seletiva. Como vocês encaram isso?
ML: Cara, encaramos com naturalidade. Qualquer artista está exposto a diversas opiniões. Elas podem ser favoráveis ou não. A Fire Shadow sabe da integridade do Wacken Metal Battle e não se sente incomodada com inverdades que possam ser ditas por pessoas que não concordaram com a decisão do público e do júri.

GC: E quanto aos que dizem que o som da banda parece Iron Maiden?
ML: A banda realmente tem uma grande influência das bandas do NWOBHM e algumas coisas realmente remetem ao Iron Maiden, que é o grande nome desse movimento, mas temos muitas outras influências, as quais buscamos mesclar para criar nossa própria sonoridade.

GC: Desde a fundação da banda dá pra dizer que o som de vocês variou bastante?
ML: O som amadureceu muito, mas nossa proposta sempre foi a de fazer Heavy Metal tradicional.

GC: Bom, além da final do Wacken, o que mais a banda tem preparado? Quais os planos para o futuro?
ML: A banda está finalizando as músicas de seu segundo disco e estudando a melhor forma de gravá-lo e lançá-lo. No mais estamos focados em nossa agenda, tocaremos na próxima quinta-feira (16/06) na Casa do Tal, além da final nacional do Wacken (24/06) e da confirmada abertura para o Grave Digger (24/07). Nosso principal plano é continuar tocando o som que amamos e espalhando nosso trabalho para o maior número de pessoas.

GC: E a produção desse disco? O que vocês pretendem? A produção será independente?
ML: Nosso próximo álbum será conceitual, todas as letras tem ligação com a guerra do Contestado (conflito que envolveu o Paraná, no início do século XX). Será um álbum independente, sim.

GC: As músicas já estão prontas?
ML: Temos 6 faixas prontas e outras 2 ainda em desenvolvimento.

GC: Tem previsão para começar a gravar?
ML: Cara, queremos muito começar a gravação até o fim desse ano, para que no máximo ano que vem esse trabalho já esteja sendo lançado! Mas ainda estamos estudando a melhor maneira de gravá-lo, visto que somos uma banda independente.

GC: E quem escreveu as letras das músicas?
ML: Eu e o Cássio Fugimoto.

GC: Vocês são historiadores?
ML: Não (risos), mas apesar de ser um acontecimento estudado por todos em ensino regular, as vezes passa despercebido. Paraná também tem história! (risos)

GC: Legal. Gostaria de agradecer pela entrevista e pedir pra você deixar uma mensagem final.
ML: Cara, queria agradecer pela oportunidade que você está nos oferecendo e por todo o apoio que o Arquivo vem dando ao metal curitibano. Quem ainda não conhece a banda pode ter acesso ao nosso material no site: www.fireshadowonline.com. E quem tiver curiosidade em ver a banda nos palcos apareça no dia 16/06 (quinta feira) no bar A casa do tal, a partir das 22 horas!

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