14 de jun. de 2010
Dark Tranquillity mostra fôlego em show de Curitiba
Quem foi ao Hangar na noite fria do último domingo só teve motivos para admirar ainda mais os suecos do Dark Tranquillity. Mostrando muito fôlego durante as quase duas horas de show, a banda prova porque merece ostentar o título de “grande”. Qualquer um poderia esperar um cansaço dos músicos, sobretudo da voz gritada de Mikael Stanne, afinal Curitiba era última cidade da turnê sulamericana, nessas duas semanas de viagens incessantes. Mas não foi o que se viu e ouviu. Com um repertório variado, o Dark Tranquillity trouxe 16 músicas do novo álbum “We are the Void” e as mais badaladas dos últimos CD's, repetindo o que vinha sendo executado em outras cidades.
As músicas de abertura “At the point of ignition” e “The fatalist” eram o prenúncio do que seria o restante do show: um death metal melódico recheado de muito peso. A impressão de que o show seria uma apresentação exclusiva de músicas do último CD, foi desfeita a partir de então. A performance dos músicos foi conferida também na execução de composições de outros trabalhos. “Focus Shift”, “The wonders at your feet”, “Final Resistence”, “Misery's crown” e “Punish my heaven” empolgaram o público que certamente surpreendeu os suecos, quando ouviram suas músicas serem cantadas pelos fãs.
Depois de “Iridium” e a música de abertura de “We are the Void”, “Shadow in our blood”, executada com uma sincronia impressionante com o clip que rolava em um telão ao fundo do palco, vieram aquelas que vinham sendo pedidas pelo público. Stanne cumpria o que havia prometido no início do show quando disse no início que muito ainda estava por vir. “Lesser”, “My Negation, “Lost at apathy” e “ThereIn” impediram que o público perdesse o ritmo. “The grandest accusation” encerrava a noite.
Ficou uma interrogação ao final, no entanto. Esperava-se o bis, depois da saída da banda do palco, mas não foi o que aconteceu. A saída antecipada deve ter sido estranhada até mesmo pelo pessoal da produção, já que o set list trazia ainda “Terminus (We death is most alive)”. Mas certamente, para o público, isso não desmereceu em nada o que a banda fez. Com ou sem bis, a impresão que fica do Dark Tranquility para os presentes é a de uma banda que vem fazendo um trabalho impecável que justifica seu sucesso internacional.
Abertura
Quem abriu a noite foi o Of the Achaengel, que surpreendeu a todos com um dark metal bem feito. A banda paulista pôde demonstrar seu trabalho, que para a grande maioria, sem dúvida ainda não era conhecido. Depois de anunciar o título de uma das faixas do seu debut álbum “The extraphysicallia”, ouviu-se dois ou três urros vindos da pista. O suficiente para o vocalista da banda brincar: “Tem três que já conhecem a música. Estamos ficando famosos”.
Set list:
1.The point at ignition
2.The Fatalist
3.Focus shift
4.The wonders at your feet
5.Final resistence
6.Misery's crown
7.Punish my heaven
8.My negation
9.Iridium
10.Shadow in our blood
11.Lesser
12.Dream oblivion
13.Lethe
14.Lost at apatty
15.ThereIn
16.The grandest accusation
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2 comentários:
A última música foi Terminus (where dead is most alive).
Primeiro quero parabenizar vocês pelo trabalho do blog. Não conhecia e achei ótima a iniciativa. Agora, quanto ao show do DT, realmente, a última música foi a "Terminus (Where Death is Most Alive)", o Stanne até fez uma brincadeira com isso, sussurando o nome da música dizendo que em Curitiba era "onde a morte está mais viva" (o nome da música em inglês). E o fato de não ter bis também foi anunciado pelo Stanne, ele disse que eles não "iam dar uma de rockstars e sair do palco, esperar o público gritar, eles voltarem e tocarem mais 4 ou 5 músicas". Os caras fizeram 30 shows em 34 dias nessa turnê que terminou aqui e tão de parabéns pelo ótimo trabalho.
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