11 de jul. de 2010

Bandas mostram o melhor em noite memorável pelo Dia Mundial do Rock

Por Vito Cuneo e Guilherme Carvalho

Som para todos os gostos do gênero heavy metal foi o que se ouviu no festival realizado na noite do último dia 10, na comemoração ao Dia Mundial do Rock, no Moinho. O local, aliás, apresenta uma excelente estrutura, provando porque é, no momento, a melhor casa para shows de Curitiba, desde as instalações até a acústica. O evento serviu não apenas para curtir música ou averiguar como anda o nível de algumas das principais bandas curitibanas. Quem foi lá também pode (re)encontrar a maior parte da galera que promove a cena curitibana underground. Além de músicos, foram vistos jornalistas, fotógrafos, produtores e as figuras carimbadas do meio headbanger.

 
Nós do Arquivo Metal CWB, estamos na lida desde as 22 horas de sábado. Depois de ver e ouvir e de uma breve manhã de sono, passamos para a edição deste review. Nada a reclamar, pois o que presenciamos foi uma noite de puro rock. Balanço final: 8 bandas, 75 músicas, 1.346 latinhas de cerveja, 13 mosh’s coletivos, nenhum morto.

 
O sentimento daqueles que foram ao festival ao acordar hoje pela manhã, não pode ser diferente do otimismo em relação à cena. Música boa e de qualidade que merece o reconhecimento que vem sendo alcançado no cenário nacional. Confira porque:

Tool Box Acústico
----------------------

Exatamente 22h10, no palco 2, a banda, digo, a dupla de violão e voz do metal Tool Box apresentou músicas que casam bem ao estilo. Boa ideia, pois não é fácil fazer arranjos, quando a música fica simples, sem baixo e batera, por exemplo. O vocal Caco é uma figura (mais tarde ele iria aparecer no Moonshine), leva jeito para stand-up comedy. Na terceira música, “Unforgiven” (Metallica), o cara cantava em meio a palavrões, pois levava pequenos choques do microfone. Esse som foi o start de uma longa noite.
 

Setlist
1. Mama, I’m Coming Home (Ozzy)
2. Wasting Love (Iron Maiden)
3. Unforgiven (Metallica)
4. To Be With You (Mr. Big)
5. Patience (Guns n’ Roses)
6. Tears of the Dragon (Bruce Dickinson)
7. Remember you (Skid Row)
8. Bohemia Raphisody (Queen)
9. Here a go Again (Whitesnake)
 
Livin Garden
-------------------------
 
Na mesma linha acústica, no palco 2, o Livin Garden apresentou seu novo guitarrista Fernando Zequinão, que tocou ao vivo pela primeira vez com a banda. O repertório foi marcado pela alternância entre músicas próprias e covers de bandas como Kiss, Alice In Chains e Pearl Jam. Nesta última ficou nítida a semelhança da voz de Gabriel Canoro com a de Eddie Vedder, vocalista da banda de Seatle. As versões acústicas para estas músicas ficaram muito boas. Da mesma forma as músicas do Livin Garden já conhecidas pelo público, como “Where I can breathe”, que dispões também de vídeo clipe, “Age of lies”, “Take the Time”, entre outras. 
 
A estrutura improvisada trouxe seus problemas. No início, após a apresentação da primeira música, os que estavam mais próximos da aparelhagem sentiram um cheiro de queimado. Além disso, toda vez que o batera Roberto Krug batia na caixa acústica, o restante dos aparelhos dava pequenos apagões. Nada que afetasse a excelente performance de uma das bandas curitibanas que vem demonstrando muito profissionalismo.

 
Setlist
1. Comin' Home (Kiss)
2. Where I Can Breathe
3. Age Of Lies
4. Man In The Box (Alice In Chains)
5. Take The Time
6. Black (Pearl Jam)
7. Pain
8. Hero (Chad Kroeger)
9. Crown Of Thorns

Last Supper -------------------------

 

No palco principal, por volta de 23 horas, o Last Supper (Black Sabbath cover, para quem não conhece), deu continuidade aos trabalhos. Nesse momento a casa não estava cheia. O público ainda chegava e muitos estavam no palco 2 com o som acústico, mas William e companhia mandaram ver. Boas músicas, afinal quem não gosta de Sabbath, mas bom também o som dos caras. Destaque mais uma vez para o vocal do William, com o equipamento do Moinho, a apresentação ficou muito melhor. 
 
Setlist:
1. War Pigs
2. Faires Near Boots
3. NIB
4. Paranoid
5. Iron Man
6. Children of the Grave
7. Snowblind
8. Into the Void

.50 ------------------------------------


Na sequência, a banda .50, fez seu show gravando DVD. A banda é um powertrio e, por sinal, uma ótima banda, fazendo musicas próprias, no estilo Stoner rock. Os três mandam bem, pois o som não é nada simples, para quem imagina que seja e com os méritos de cantar em português. 
 
Setlist:
1.Viver ou morrer
2. Aditivado
3. Ódio
4. .50
5. 68
6. Corrosivo
7. Essência de Sangue
8. Losin your mind (Black Label Society)
9. Indomável

Moonshine -------------------------


A quinta banda a se apresentar é uma super banda. Moonshine como sempre levantou a galera. Nesse hora (cerca de 1 hora da manhã) a casa já estava cheia e já haviam se encerrado as atividades do palco 2, enchendo o palco principal. Volta à cena o hilário vocal Caco. Abriram com “The Final Countdown” (Europa) e já mandaram o tema do filme “Flashdance”, “Maniac” (Michael Sembello). Na metade do show, mandaram “Lick it up” do Kiss, boa música, né? Mas o vocal quase estragou, pois no meio da música, enquanto a banda fazia a firulinha para agitar a galera o vocal anuncia: “Galera, vou cantar um pedacinho de uma música nova para vocês”, e começou: “bota a mão na cabeça que vai começar, o Rebol....” (risos) e o próprio ainda pediu: “Galera pode mandar: filha da puta, filha da puta...”. Diante dos apelos, foi o coro que se ouviu. Bom, para quem acompanha a banda há algum tempo (e o som dos caras deixa saudades) foi um dos destaques da noite.
 
Setlist:
1. The Final Countdown (Europe)
2. Maniac (Michael Sembello)
3. Eye of the Tiger (Survivor)
4, Love ain’t no Stranger (Whitesnake)
5. Lick it up (Kiss)
6. Separate Ways (Journey)
7. Love leads to madness (Nazareth)

8. Don't Stop Believin' (Journey)
9. Hurricane 2000 (Scorpions)
10. Livin’ On a Prayer (Bon Jovi)
11. Jump (Van Halen)

Epilepsya -----------------------


O Epilepsya é o outro destaque da noite, com um verdadeiro “pé-no-ouvido” dos presentes. A banda está ótima, bem afinadinha e a performance impecável, fazendo a galera agitar do começo ao fim. Iniciaram intercalando covers com músicas próprias e poderiam ter tocado mais das próprias. No final do show rolou um som com participações dos vocalistas das bandas KingSlayer e do Living Garden, Thunder e Gabriel Canoro respectivamente, no belo cover de Motorhead “Aces of spades”.
 

Setlist:
1. South of Heaven (Slayer)
2. Countdown
3, People of the Lie (Kreator)
4. Warriors
5. Refuse-Resist (Sepultura)
6. Exterminate
7. Necroshyme
8. Aces of Spades (Motorhead)
9. Troops of Doom (Sepultura)
10. Sympton of the Universe (Black Sabbath)

The Four Horsemen ---------------------


Já eram quase quatro horas da manhã, quando subiu ao palco a atração “estrangeira”. Os paulistas do The Four Horsemen massacraram o público com os principais sucessos do Metallica. Talvez nem todos concordem com essa afirmação, mas ninguém diria que o setlist dos caras fugiu do que se poderia esperar de uma banda de tributo aos thrashers da Bay Area.
Boa parte do público esboçava sinais de cansaço e a banda anunciava a saideira antes de tocar “Master of puppets”. Porém, mais cinco músicas vieram em seguida, incluindo a longa e bem executada “One”. Apesar da hora e sucessivas pancadarias sonoras, o público impressionantemente se mantinha firme e forte na pista, cantando as músicas e balançando as cabeças até o final.

 
Setlist
1.    Intro – Ecstasy of gold
2.    Battery
3.    Ride the lightning
4.    Creeping death
5.    For whom the Bell tolls
6.    Welcome home (sanitarium)
7.    The four horsemen
8.    The unforgiven
9.    Sad but true
10.    Whiskey in the jar
11.    Master of puppets
12.    Fade to black
13.    One
14.    Enter Sandman
15.    Seek and destroy

KingSlayer ----------------------
 

A última banda a tocar, o KingSlayer, começou depois das cinco horas da manhã. Com o bar que aceitava cartão fechado e a debandada geral do público já moído pela porradaria das bandas anteriores, o setlist acabou sendo encurtado de 12 para 4 músicas. Corajosos, os caras mandaram Black Label Society, Grand Magnus e músicas próprias. Estavam previstas ainda mais 3 próprias e covers de Spiritual Beggars e Buchman Turner Overdrive. Fica para uma próxima.
 

Setlist
1.    Ulvaskall (Grand Magus)
2.    Bleed For Me (Black Label Society)
3.    Road Trash
4.    Down On Your Knees

Rock’n Roses ---------------------
 

Essa foi a baixa da noite. Por algum motivo ainda desconhecido, a banda desistiu de se apresentar.

11 comentários:

thunder disse...

hell yeah!!

valeu a experiência e pelo contato com os amigos!!

obrigado pessoal do Arquivo Metal pela cobertura e pela força.

grande abraço

hamilcar disse...

noite memoravel mesmo!!

Vito Cuneo disse...

Foi fodastico!

Anônimo disse...

Foi um fiasco, pouco público, exagero de covers, algumas bandas ruins, desorganização, horários zuados. Quem le a resenha parece que o show foi bom, mas na real é só um pessoal puxando saco de organizadores medíocres para garantir entradas vips, quem foi viu que foi horrivel

Ian Rodrigues disse...

esses caras que mão põe nome nos comentários....
Quando vc está numa festa com todo mundo se divertindo e vc acha a festa chata... VOCÊ É O CHATO DA FESTA...
TAVA MUITO BOM....

CaCo Andrade disse...

Espero que todos tenham se divertido como a gente se divertiu... Foi muito Bom...
Obrigadão pela força de todos

sds
CaCo Andrade - Tool Box & Moonshine

Vito Cuneo disse...

Bela atitude "anonimo", isso fortalece nossa cena Metal. Respeito é mercadoria de troca.

Unknown disse...

eu complementaria com o seguinte a resposta ao anonimo. Esse é o tipo de sentimento que dificulta o desenvolvimento da cena local. se a gente quer ver a coisa ir pra frente, então é hora de sabermos valorizar o que é bom aqui em curitiba. quanto às acusaçÕes de oportunismo para conseguir entrada vip, acho que nem merece resposta. o espaço aqui está aberto sempre para opiniões. sejam divergentes ou não.

Joaquim Pinto disse...

A rock n' roses não se apresentou graças à organização que executou as apresentações das bandas em horário indefinidos, no qual a PENÚLTIMA banda iria entrar além das 5 horas da manhã, com os bares fechados (como diz a resenha), para um público de 5 ou 6 cuzidos caindo pelas paredes. Vale a pena se apresentar assim? É isso aí. Abraços.

hell disse...

olha só, a kingslayer tocou as 5 e 20 da manhã, o publico não era o mesmo,fato, isso porque os bares já estavam fechados e os seguranças ja tavam barrando ate a entrada do banheiro. desde o principio, quando chamaram a gente, na segunda feira, para cobrir a baixa do guardians ja sabiamos q seriamos os ultimos e tinhamos uma real ideia do horario que iriamos tocar. tiveram problemas? sim, mas problemas de organização não são desculpas para faltar com o compromisso com a galera que fica até quase seis da matina eserando pra ver o show.

abraço,


Helthon Santos
Kingslayer

Unknown disse...

FOI MASSA PRA CARALHO MEU...EI ANONIMO...VAI TOMA NO CU!!!!!!

Postar um comentário