Por Vito Cuneo
Hoje publicamos a entrevista com uma banda de peso. Uma banda que honra a cidade de Curitiba em todos os shows. Os caras não são dedicados apenas para a cena metal, mas sim para a música de Curitiba. Quem conhece sabe que estamos falando dos “Necroboys”, digo Necropsya. A banda cresce a cada ano e esperamos ver muito mais do que eles já apresentaram. Conversamos por MSN com os três integrantes da banda sobre as gravações do próximo CD, sobre o futuro da banda e, claro, como sempre fazemos, sobre a cena metal da cidade. O papo foi maneiro. Confira:
Vito Cuneo: Primeiramente obrigado ao pessoal do Necropsya pela atenção com o Arquivo Metal CWB. Necropsya é uma importante banda da cidade que dispensa apresentações, mesmo assim, conte-nos como e quando a banda começou suas atividades, conte um pouco sobre a história do Necropsya?
Necropsya: Salve pessoal do Arquivo Metal CWB! Resumindo bastante: Começamos a tocar juntos em 2000, fazendo covers e nos divertindo. Em 2003 resolvemos compor pra valer, mostrar o nosso próprio trabalho e, em 2004, estabilizamos com a formação atual. Conseguimos focalizar nossa identidade sonora e desde de então investimos nesta empreitada. Em 2005 e 2006 tocamos bastante e divulgamos dois EP's. Em 2007 lançamos o nosso primeiro álbum (Roars), e de lá pra cá procuramos amadurecer nosso som e nossa bagagem no underground. Tocar com várias bandas grandes é uma tremenda escola, e nos deu chão para a gravação do álbum, que se iniciará em 2010.
VC: Em relação ao som, já sabemos que vocês fazem um "Thrash Nervoso", como vocês mesmo intitulam. Então, quais temas a banda abrange em suas composições?
Necropsya: (risos)... Este jargão surgiu por brincadeira de alguns amigos, e pode ser interpretado por cada um de maneira diferente. Acreditamos que nosso som é um pouco diferente no thrash, um bagulho mais nervosão, entende? O estilo já é restrito, então mudar muito o som é perigoso e pode soar tosco, sem identidade, muito moderno, muito datado, etc. Então fazemos o nosso possível pra ser abrangentes sem pisar em ovos. Tem o vocal gutural, umas puxadas pro death metal aqui, ali, etc. . As letras das músicas são um desafio: pra muita gente que se identifica com uma música, a carga lírica é muito grande. Então não adianta escrever algo clichê. Hoje em dia tem que ser criativo. Além de posições políticas perante a sociedade atual (que toma tanta saraivada), há também questões de conflitos internos, e como nos dias de hoje nós andamos com o pavio curto, pouca coisa é o suficiente pra sairmos quebrando tudo.
Necropsya: Salve pessoal do Arquivo Metal CWB! Resumindo bastante: Começamos a tocar juntos em 2000, fazendo covers e nos divertindo. Em 2003 resolvemos compor pra valer, mostrar o nosso próprio trabalho e, em 2004, estabilizamos com a formação atual. Conseguimos focalizar nossa identidade sonora e desde de então investimos nesta empreitada. Em 2005 e 2006 tocamos bastante e divulgamos dois EP's. Em 2007 lançamos o nosso primeiro álbum (Roars), e de lá pra cá procuramos amadurecer nosso som e nossa bagagem no underground. Tocar com várias bandas grandes é uma tremenda escola, e nos deu chão para a gravação do álbum, que se iniciará em 2010.
VC: Em relação ao som, já sabemos que vocês fazem um "Thrash Nervoso", como vocês mesmo intitulam. Então, quais temas a banda abrange em suas composições?
Necropsya: (risos)... Este jargão surgiu por brincadeira de alguns amigos, e pode ser interpretado por cada um de maneira diferente. Acreditamos que nosso som é um pouco diferente no thrash, um bagulho mais nervosão, entende? O estilo já é restrito, então mudar muito o som é perigoso e pode soar tosco, sem identidade, muito moderno, muito datado, etc. Então fazemos o nosso possível pra ser abrangentes sem pisar em ovos. Tem o vocal gutural, umas puxadas pro death metal aqui, ali, etc. . As letras das músicas são um desafio: pra muita gente que se identifica com uma música, a carga lírica é muito grande. Então não adianta escrever algo clichê. Hoje em dia tem que ser criativo. Além de posições políticas perante a sociedade atual (que toma tanta saraivada), há também questões de conflitos internos, e como nos dias de hoje nós andamos com o pavio curto, pouca coisa é o suficiente pra sairmos quebrando tudo.
VC: Quais as influências da banda e como é o processo de composição?
Necropsya: Pergunta difícil! Me lembro que no começo da banda a gente tentava interpretar as melhores frases e riffs das bandas de thrash metal para compor, mas não parece uma influência e sim uma cópia, não? Nossas influências e o que gostamos de ouvir são muitas coisas hoje: não só thrash metal, e não só metal. É bom ter esta abrangência para compor. Como nós três temos personalidades diferentes, é natural que gostemos de algo diferenciado entre nós. Normalmente compomos com uma ideia que alguém trouxe e vamos lapidando ela, cada um dando seu pitaco até sair algo que a gente aprove.
VC: Como vocês fazem a divulgação da banda?
Necropsya: Confessamos que para uma banda independente, fazemos o que podemos na divulgação, mas ainda estamos longe do ideal. Juramos que nosso site estará no ar, o myspace está em reforma, e volta e meia a gente procura divulgar a banda no meio digital. Fazemos o possível, mas com nossas vidas pessoais um tanto corridas não dá tempo de divulgar como desejamos. Com a gravação do segundo álbum, teremos um material bacana para divulgar e então faremos a coisa como desejamos e divulgar pra valer.
VC: Vocês usam o metal como profissão ou apenas diversão?
Necropsya: Na posição que estamos hoje, não há como usar o metal como profissão. Não digo que não seja impossível, mas ainda precisamos nos profissionalizar como músicos que tocam heavy metal e consequentemente nos sustentarmos com o Necropsya. Hoje, isso não é prioridade...ainda! Quer queira ou não, tocar esse som é ótimo, nos dá um tremendo gás e é sim muito prazeroso. Sabemos que para chegarmos a um outro nível com a banda precisa muita ralação... e estamos dispostos a seguir este caminho!
VC: Mas então, qual a influencia individual de cada um? Percebo muita influencia de Pantera na guitarra do Bertol e talvez um In Flames da parte do Mona. Sobre o Cerso, sinceramente, não tenho ideia, ainda. Sei que é chato e difícil ficar rotulando e entendi a resposta, acho ótimo essa abrangência. Mas para o nosso leitor que está curioso, o que vocês escutam de metal?
Henrique Vivi: ...é, não vamos confundir muito gostos pessoais com influências. Apesar de gostar de In Flames, o som do Necropsya não se parece com isso, e a única semelhança é o vocal gutural. As guitarras sim já possuem influência mais clara do Pantera. A produção dos álbuns do Pantera são maravilhosos, e estamos tentando no máximo chegar aos pés disso com o novo trabalho nas gravações. Limitar nossas influências no metal é complicado, e mais ainda estagnar isso. Sabemos que daqui há alguns anos, ou menos, nosso gosto musical irá se expandir. Hoje, posso colocar como influência nestas novas músicas o Slayer, Metallica, Pantera, Anthrax, Annihilator, uma banda underground dos EUA chamada Wargasm. Daqui do Brasil o Claustrofobia, Torture Squad e sei que tem mais coisa que eu não me lembro.
Celso Costa: A música do Necropsya possui elementos de diversas vertentes do Heavy Metal em geral com uma pitada de outros estilos. Pessoalmente, ouço muita coisa que não é do Metal. Sempre tive uma cabeça muito aberta quando se trata de estilos musicais diversos; escuto e toco música brasileira (além de outros gêneros) desde que iniciei a carreira de músico, e isto me soa bastante natural ao incorporar células ritmicas de diferentes estilos às levadas de bateria do NECROPSYA. Procuro utilizar tais elementos da forma mais sutil possível para mantermos uma coerência com o que temos feito ao longos destes anos, mantendo o equilibrio e a base do que sempre nos propomos a fazer: música pesada e direta. Quanto às influências dentro do Metal, os gêneros que posso citar para minha formação musical além do Thrash são o Death Metal, o Grindcore, NY Hardcore, Crossover, Metal Tradicional, e tudo mais que me agrade aos ouvidos. Ultimamente, tenho escutado muito o Rock feito aqui no Brasil, que tem se tornado cada vez mais identificado com a nossa realidade e finalmente se mostra despreocupado em soar como o a música feita em outros países. Ao meu ver isso é ótimo, pois o Metal Brazuca está com uma cara cada vez mais própria!
Henrique Bertol: Acho que um ponto interessante nas nossas composições é o fato delas soarem semelhantes entre si, independentemente de quem apresentou a ideia inicial, eu acho que isso é o que poderíamos chamar de identidade sonora da banda. Parte dessa identidade vem de uma base de influências em comum que nós temos dentro do Heavy Metal (Pantera, Slayer, Metallica, Anthrax, Testament), eu diria que a outra parte vem dos nossos gostos musicais “divergentes”. A gente está sempre trocando ideias musicais e apresentando uns aos outros materiais novos. O fato de sermos sempre bem receptivos a boa música (independente de gênero) facilita muito esse nosso intercâmbio, ou seja, curtimos muito Rock em geral (Trash, Death, Heavy, Hard), mas paralelamente estamos sempre buscando sons novos e nos influenciando mutuamente.
Necropsya: Pergunta difícil! Me lembro que no começo da banda a gente tentava interpretar as melhores frases e riffs das bandas de thrash metal para compor, mas não parece uma influência e sim uma cópia, não? Nossas influências e o que gostamos de ouvir são muitas coisas hoje: não só thrash metal, e não só metal. É bom ter esta abrangência para compor. Como nós três temos personalidades diferentes, é natural que gostemos de algo diferenciado entre nós. Normalmente compomos com uma ideia que alguém trouxe e vamos lapidando ela, cada um dando seu pitaco até sair algo que a gente aprove.
VC: Como vocês fazem a divulgação da banda?
Necropsya: Confessamos que para uma banda independente, fazemos o que podemos na divulgação, mas ainda estamos longe do ideal. Juramos que nosso site estará no ar, o myspace está em reforma, e volta e meia a gente procura divulgar a banda no meio digital. Fazemos o possível, mas com nossas vidas pessoais um tanto corridas não dá tempo de divulgar como desejamos. Com a gravação do segundo álbum, teremos um material bacana para divulgar e então faremos a coisa como desejamos e divulgar pra valer.
VC: Vocês usam o metal como profissão ou apenas diversão?
Necropsya: Na posição que estamos hoje, não há como usar o metal como profissão. Não digo que não seja impossível, mas ainda precisamos nos profissionalizar como músicos que tocam heavy metal e consequentemente nos sustentarmos com o Necropsya. Hoje, isso não é prioridade...ainda! Quer queira ou não, tocar esse som é ótimo, nos dá um tremendo gás e é sim muito prazeroso. Sabemos que para chegarmos a um outro nível com a banda precisa muita ralação... e estamos dispostos a seguir este caminho!
VC: Mas então, qual a influencia individual de cada um? Percebo muita influencia de Pantera na guitarra do Bertol e talvez um In Flames da parte do Mona. Sobre o Cerso, sinceramente, não tenho ideia, ainda. Sei que é chato e difícil ficar rotulando e entendi a resposta, acho ótimo essa abrangência. Mas para o nosso leitor que está curioso, o que vocês escutam de metal?
Henrique Vivi: ...é, não vamos confundir muito gostos pessoais com influências. Apesar de gostar de In Flames, o som do Necropsya não se parece com isso, e a única semelhança é o vocal gutural. As guitarras sim já possuem influência mais clara do Pantera. A produção dos álbuns do Pantera são maravilhosos, e estamos tentando no máximo chegar aos pés disso com o novo trabalho nas gravações. Limitar nossas influências no metal é complicado, e mais ainda estagnar isso. Sabemos que daqui há alguns anos, ou menos, nosso gosto musical irá se expandir. Hoje, posso colocar como influência nestas novas músicas o Slayer, Metallica, Pantera, Anthrax, Annihilator, uma banda underground dos EUA chamada Wargasm. Daqui do Brasil o Claustrofobia, Torture Squad e sei que tem mais coisa que eu não me lembro.
Celso Costa: A música do Necropsya possui elementos de diversas vertentes do Heavy Metal em geral com uma pitada de outros estilos. Pessoalmente, ouço muita coisa que não é do Metal. Sempre tive uma cabeça muito aberta quando se trata de estilos musicais diversos; escuto e toco música brasileira (além de outros gêneros) desde que iniciei a carreira de músico, e isto me soa bastante natural ao incorporar células ritmicas de diferentes estilos às levadas de bateria do NECROPSYA. Procuro utilizar tais elementos da forma mais sutil possível para mantermos uma coerência com o que temos feito ao longos destes anos, mantendo o equilibrio e a base do que sempre nos propomos a fazer: música pesada e direta. Quanto às influências dentro do Metal, os gêneros que posso citar para minha formação musical além do Thrash são o Death Metal, o Grindcore, NY Hardcore, Crossover, Metal Tradicional, e tudo mais que me agrade aos ouvidos. Ultimamente, tenho escutado muito o Rock feito aqui no Brasil, que tem se tornado cada vez mais identificado com a nossa realidade e finalmente se mostra despreocupado em soar como o a música feita em outros países. Ao meu ver isso é ótimo, pois o Metal Brazuca está com uma cara cada vez mais própria!
Henrique Bertol: Acho que um ponto interessante nas nossas composições é o fato delas soarem semelhantes entre si, independentemente de quem apresentou a ideia inicial, eu acho que isso é o que poderíamos chamar de identidade sonora da banda. Parte dessa identidade vem de uma base de influências em comum que nós temos dentro do Heavy Metal (Pantera, Slayer, Metallica, Anthrax, Testament), eu diria que a outra parte vem dos nossos gostos musicais “divergentes”. A gente está sempre trocando ideias musicais e apresentando uns aos outros materiais novos. O fato de sermos sempre bem receptivos a boa música (independente de gênero) facilita muito esse nosso intercâmbio, ou seja, curtimos muito Rock em geral (Trash, Death, Heavy, Hard), mas paralelamente estamos sempre buscando sons novos e nos influenciando mutuamente.
VC: Sobre os trabalho de estúdio, em 2007 a banda lançou o álbum "Roars". Conte-nos como foi a experiência dessa gravação e a repercussão desse material.
Necropsya: Foi um empenho que valeu a pena! Imagine: estávamos sem grana, querendo promover nosso material e tivemos que fazer um pé-de-meia em pouco tempo. Combinado a isso, não tínhamos muita prática com gravação profissional. O produtor tinha pouca experiência de estúdio (como nós), o método de gravação foi extenuante, o "profissional" responsável por mandar os CD´s para a prensagem atrasou a entrega do material, tivemos que fazer tudo com a nossa cara a tapa e ainda estávamos com a vida pessoal exigindo bastante. Por vezes o Necropsya não era prioridade. Por outro lado, o produtor (Marcos Haruka) fez um ótimo trabalho e nos deu o suporte necessário, gerenciou e se empenhou como se fosse da banda também. Tivemos parceiros maravilhosos, a Danusa Araújo e o Allan Belin, que fizeram um excelente trabalho na arte gráfica e com o equipamento e estrutura que tínhamos. Sem contar todas as pessoas que nos deram o devido apoio nesta empreitada, esquecer algum nome seria uma heresia! Olhando para trás, nos sentimos orgulhosos. Conseguimos extrair algo muito bom. Tivemos ótimos feedbacks de pessoas que não conheciam a banda, de outros que já tinham visto a gente tocar alguma vez, de pessoal de fora do país, etc. Os zines e revistas especializadas nos deram notas muito boas, abrimos as portas para tocar bastante fora de Curitiba. Tivemos nosso som tocado em rádio dos EUA e Argentina, rolou entrevista nos States e em sites do Brasil, e até hoje o retorno do Roars está muito bacana. Talvez nosso único arrependimento tenha sido o fato de não termos tido tempo hábil e grana pra masterizar devidamente este material. No mais saiu um trabalho extremamente fiel ao que a banda era na época, trabalhamos duro em cima do álbum, com certeza demos o nosso melhor, e isso é uma realização sem preço.
VC: E atualmente a banda está em estúdio, gravando o próximo CD. Conte-nos como está a expectativa para esse próximo lançamento.
Necropsya: Expectativa de um trabalho danado! O disco se chamará "Distorted" e até agora estamos muito ansiosos: começamos a pré-produção de uma música no mês de março, aprovamos o resultado, jogamos ela na web e já começamos a gravação do disco nessa primeira semana de junho. Se tudo der certo, no mês de julho terminaremos as gravações, imaginamos que até o início de setembro já teremos a mixagem e a masterização, então partiremos para os assuntos fora do âmbito sonoro, como arte gráfica, prensagem, distribuição, promoção do material, etc. Devemos lançar este material oficialmente entre dezembro de 2010 ou início de 2011. Prestamos muita atenção nas críticas feitas no Roars, sejam elas construtivas ou negativas para dar um passo à frente no quesito técnico de gravação como no campo musical. Nossa intenção é surpreender os ouvintes e cair na estrada para divulgar este disco!
VC: Com a gravação, como fica a agenda da banda? Existem shows marcados?
Necropsya: É tranquilo a agenda, as gravações não atrapalham não. Temos logo aí o show abrindo para o Holocausto dia 19/06, em Jaraguá do Sul/SC, uma apresentação em Curitiba, em setembro, e para o fim do ano haverá um festival bem bacana em Araucária ao qual a gente faz questão de tocar por que sabemos que será ótimo. Além disso, a gente sempre tenta fechar data onde for, o trabalho não pára nunca.
VC: Como vocês vêem a cena Metal underground de Curitiba? Vocês acham que tem união ou ainda existe competição e rivalidade entre bandas?
Necropsya: Sendo bem sincero: a cena Metal de Curitiba já esteve bem ruim, comparado a anos atrás. De lá pra cá, as bandas vieram se profissionalizando, procurando não só tocar seu som, mas sim gravar o seu material e promovê-lo. Tem mais bandas grandes variadas tocando por aqui, então neste sentido, a cena underground deu um tremendo passo à frente. Adicionado à isso, a informação se prolifera pela internet, de ferramentas para divulgação de um evento, ter o feedback do público, organizar visualizações, audições, vídeos, estamos muito bem. Os bares de rock não são só bares. Oferecem espaço para shows de bandas de rock/metal sem comprometer o conforto do público, o que também é uma ótima coisa. Tem gente que sempre acha que está ruim, que somos headbangers injustiçados, que a cena é péssima... mas tenho minhas dúvidas quanto à isso. Os últimos shows que fizemos em Curitiba foram bem bacanas, os últimos eventos que fomos só pra curtir também foram bem bons. Quanto à rivalidade entre bandas... nunca ouvi falar em nada disso! Só temos camaradagens fortes com as bandas que já tocaram conosco. Nunca tivemos o por quê de ter que criar desavença com qualquer outra banda do meio. E convenhamos, é uma bobagem ter atritos e não querer resolvê-los. Isso é péssimo pra união que a cena precisa por parte das bandas e também gera má propaganda, só chama atenção pelos barracos, e não pelo som que é o que importa.
VC: Ainda sobre a cena metal da cidade, quais bandas vocês tem mais contato? Rola uma parceria nos shows e viagens?
Necropsya: Bom, temos amigos e parceiros daqui, então hoje em dia o povo do Hot Balls, Redtie, Terrorzone, o .50, Deathning, Disharmonic Fields, Crehate e o Rage Darkness são os que volta e meia a gente troca uma ideia. Tem também o Brutal Sacrifice, o Alcoholic D.C., o True, o Sacredeath que também sempre é bacana bater um papo. Pela internet daí fica injusto, procuramos conversar com tudo e todos, gente de tudo quanto é canto e mostrar não só interesse, mas também oferecer parcerias... é benéfico pra todos. Parceria então acontece em shows ou em viagens, visto que o custo e lucros são divididos.
VC: Chegamos ao final da entrevista, agradecemos muito a atenção e esperamos que mais oportunidades venham a surgir com esse novo trabalho de vocês! Deixem suas últimas considerações para o Arquivo Metal CWB e seus leitores, e o contato pra galera que ainda não conhece o som do Necropsya!
Necropsya: Valeu Vitão, galera do Arquivo Metal CWB e leitores. Esperamos também que este novo trabalho traga ótimos frutos! Enquanto ele não está pronto, liberamos nossa pré-produção no http://signmeto.roadrunnerrecords.com/necropsya - Fiquem à vontade para comentar! Além disso, o www.myspace.com/necropsya será reformado mas tá lá ativo, temos o twitter (@necropsyabr), o facebook e o orkut (fácil de nos achar). Sempre respondemos qualquer e-mail no necropsya@gmail.com, e queremos muito voltar a fazer o som aqui em Curitiba! O trabalho de vocês está ótimo e sempre é bom ver o pessoal se empenhando em manter a cena em Curitiba, além dos headbangers bem informados e antenados com o que rola na nossa cidade. Abraço grande!
Necropsya: Foi um empenho que valeu a pena! Imagine: estávamos sem grana, querendo promover nosso material e tivemos que fazer um pé-de-meia em pouco tempo. Combinado a isso, não tínhamos muita prática com gravação profissional. O produtor tinha pouca experiência de estúdio (como nós), o método de gravação foi extenuante, o "profissional" responsável por mandar os CD´s para a prensagem atrasou a entrega do material, tivemos que fazer tudo com a nossa cara a tapa e ainda estávamos com a vida pessoal exigindo bastante. Por vezes o Necropsya não era prioridade. Por outro lado, o produtor (Marcos Haruka) fez um ótimo trabalho e nos deu o suporte necessário, gerenciou e se empenhou como se fosse da banda também. Tivemos parceiros maravilhosos, a Danusa Araújo e o Allan Belin, que fizeram um excelente trabalho na arte gráfica e com o equipamento e estrutura que tínhamos. Sem contar todas as pessoas que nos deram o devido apoio nesta empreitada, esquecer algum nome seria uma heresia! Olhando para trás, nos sentimos orgulhosos. Conseguimos extrair algo muito bom. Tivemos ótimos feedbacks de pessoas que não conheciam a banda, de outros que já tinham visto a gente tocar alguma vez, de pessoal de fora do país, etc. Os zines e revistas especializadas nos deram notas muito boas, abrimos as portas para tocar bastante fora de Curitiba. Tivemos nosso som tocado em rádio dos EUA e Argentina, rolou entrevista nos States e em sites do Brasil, e até hoje o retorno do Roars está muito bacana. Talvez nosso único arrependimento tenha sido o fato de não termos tido tempo hábil e grana pra masterizar devidamente este material. No mais saiu um trabalho extremamente fiel ao que a banda era na época, trabalhamos duro em cima do álbum, com certeza demos o nosso melhor, e isso é uma realização sem preço.
VC: E atualmente a banda está em estúdio, gravando o próximo CD. Conte-nos como está a expectativa para esse próximo lançamento.
Necropsya: Expectativa de um trabalho danado! O disco se chamará "Distorted" e até agora estamos muito ansiosos: começamos a pré-produção de uma música no mês de março, aprovamos o resultado, jogamos ela na web e já começamos a gravação do disco nessa primeira semana de junho. Se tudo der certo, no mês de julho terminaremos as gravações, imaginamos que até o início de setembro já teremos a mixagem e a masterização, então partiremos para os assuntos fora do âmbito sonoro, como arte gráfica, prensagem, distribuição, promoção do material, etc. Devemos lançar este material oficialmente entre dezembro de 2010 ou início de 2011. Prestamos muita atenção nas críticas feitas no Roars, sejam elas construtivas ou negativas para dar um passo à frente no quesito técnico de gravação como no campo musical. Nossa intenção é surpreender os ouvintes e cair na estrada para divulgar este disco!
VC: Com a gravação, como fica a agenda da banda? Existem shows marcados?
Necropsya: É tranquilo a agenda, as gravações não atrapalham não. Temos logo aí o show abrindo para o Holocausto dia 19/06, em Jaraguá do Sul/SC, uma apresentação em Curitiba, em setembro, e para o fim do ano haverá um festival bem bacana em Araucária ao qual a gente faz questão de tocar por que sabemos que será ótimo. Além disso, a gente sempre tenta fechar data onde for, o trabalho não pára nunca.
VC: Como vocês vêem a cena Metal underground de Curitiba? Vocês acham que tem união ou ainda existe competição e rivalidade entre bandas?
Necropsya: Sendo bem sincero: a cena Metal de Curitiba já esteve bem ruim, comparado a anos atrás. De lá pra cá, as bandas vieram se profissionalizando, procurando não só tocar seu som, mas sim gravar o seu material e promovê-lo. Tem mais bandas grandes variadas tocando por aqui, então neste sentido, a cena underground deu um tremendo passo à frente. Adicionado à isso, a informação se prolifera pela internet, de ferramentas para divulgação de um evento, ter o feedback do público, organizar visualizações, audições, vídeos, estamos muito bem. Os bares de rock não são só bares. Oferecem espaço para shows de bandas de rock/metal sem comprometer o conforto do público, o que também é uma ótima coisa. Tem gente que sempre acha que está ruim, que somos headbangers injustiçados, que a cena é péssima... mas tenho minhas dúvidas quanto à isso. Os últimos shows que fizemos em Curitiba foram bem bacanas, os últimos eventos que fomos só pra curtir também foram bem bons. Quanto à rivalidade entre bandas... nunca ouvi falar em nada disso! Só temos camaradagens fortes com as bandas que já tocaram conosco. Nunca tivemos o por quê de ter que criar desavença com qualquer outra banda do meio. E convenhamos, é uma bobagem ter atritos e não querer resolvê-los. Isso é péssimo pra união que a cena precisa por parte das bandas e também gera má propaganda, só chama atenção pelos barracos, e não pelo som que é o que importa.
VC: Ainda sobre a cena metal da cidade, quais bandas vocês tem mais contato? Rola uma parceria nos shows e viagens?
Necropsya: Bom, temos amigos e parceiros daqui, então hoje em dia o povo do Hot Balls, Redtie, Terrorzone, o .50, Deathning, Disharmonic Fields, Crehate e o Rage Darkness são os que volta e meia a gente troca uma ideia. Tem também o Brutal Sacrifice, o Alcoholic D.C., o True, o Sacredeath que também sempre é bacana bater um papo. Pela internet daí fica injusto, procuramos conversar com tudo e todos, gente de tudo quanto é canto e mostrar não só interesse, mas também oferecer parcerias... é benéfico pra todos. Parceria então acontece em shows ou em viagens, visto que o custo e lucros são divididos.
VC: Chegamos ao final da entrevista, agradecemos muito a atenção e esperamos que mais oportunidades venham a surgir com esse novo trabalho de vocês! Deixem suas últimas considerações para o Arquivo Metal CWB e seus leitores, e o contato pra galera que ainda não conhece o som do Necropsya!
Necropsya: Valeu Vitão, galera do Arquivo Metal CWB e leitores. Esperamos também que este novo trabalho traga ótimos frutos! Enquanto ele não está pronto, liberamos nossa pré-produção no http://signmeto.roadrunnerrecords.com/necropsya - Fiquem à vontade para comentar! Além disso, o www.myspace.com/necropsya será reformado mas tá lá ativo, temos o twitter (@necropsyabr), o facebook e o orkut (fácil de nos achar). Sempre respondemos qualquer e-mail no necropsya@gmail.com, e queremos muito voltar a fazer o som aqui em Curitiba! O trabalho de vocês está ótimo e sempre é bom ver o pessoal se empenhando em manter a cena em Curitiba, além dos headbangers bem informados e antenados com o que rola na nossa cidade. Abraço grande!
7 comentários:
Uma banda que merece o sucesso!!!
parabéns pessoal, e parabéns pela entrevista.
Boa entrevista. A banda merece o reconhecimento, pois sao uma piazada alem de sangue-B de 1ª, sao musicos competentissimos e de respeito.
Fica um abraço e espereamos mais um Necro-Zone ataque !!! haouheuohaouhouehoa...
GUSTAFAH (TERRORZONE)
parab~ens ao vito pela entrevista e a banda pelo som. de primeira qualidade.
imagina, eu faço o que posso!
hehe
Ae Necropsya... sonseira! Parabéns ae.
e Vitão... massa mesmo a iniciativa.
:D
Catia Calixto
Puta som da hora, meu!
Alô Vocêêê!
Postar um comentário