29 de jul. de 2010

Resenha: "The Elephant Truth" do Greensleeves

O "The Elephant Truth" é um CD com 23 músicas, cada uma muito particular no que diz respeito à sonoridade. Assim, "enquadrar" o trabalho do quinteto formado atualmente por Gui Nogueira (voz), João Koerner (baixo), Victor Schimidlin (guitarra), Cícero Baggio (guitarra) e Luiz Requião (bateria), em um único subgênero do Metal seria sempre complicado. Este é o primeiro CD da banda curitibana Greensleeves gravado em Brasília, onde reside Victor Schmidlin, que também cuidou da produção.

Trata-se de um disco conceitual que conta a história de um homem em uma jornada entre o real e o surreal em busca da verdade. Depois de resolver encarar seus medos, acorda do coma de apenas uma hora, certo de que encontrara as respostas que desejava e pronto para encarar a realidade.

Se formos descrever o que há de mais marcante na sonoridade da banda, certamente iremos concordar que são os riffs pesados das guitarras tocando em batidas sincronizadas em uma ou duas notas, no contratempo da bateria. Este recurso está bem presente em "Crisis" e "Best Friends". Na primeira, inclusive, o começo lembra algo de Pink Floyd. "Touch of the wind", traz elementos do tradicional heavy metal, alternando com momentos mais progressivos e um riff pesado e marcante. Diria que é tão boa quanto "Come back to myself", justamente as que mais me agradaram, com a demarcação de guitarra base e boas execuções de solos. O mesmo se pode dizer de "Out of reality", onde se ouve um bom duelo de guitarras, e em "Invisible Man", soando algo próximo de Iron Maiden. Em outros momentos, como em "The blind man and the elephant" e "Blind by choice", somos levados a pensar em uma jam session. Já "The Sentence", aproxima-se de um hard rock.

Este é o primeiro CD desde que a banda foi formada em 1993, contando mais nove anos de inatividade, e a retomada dos ensaios em 2007. Por isso, talvez, a variedade musical do disco permita interpretarmos como uma coletânea de trabalhos que por anos ficou no limbo e que agora, para nossa sorte, está reunida neste bom trabalho totalmente independente. 

Um comentário:

Luis disse...

Hellyeah!
Grande banda! Vi o show deles na seletiva do Metal Battle aqui em Curitiba e fiquei bem impressionado. Pena que não fizeram mais shows por aqui.

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