17 de nov. de 2010

Review: Rexsom Festival em 5 noites de tirar o fôlego

Por François Orquiza, Robson Maiocchi, Guilherme Carvalho e Jessica Casellas

Foram cinco dias de shows com várias bandas de diferentes estilos e para todos os gostos. Entre os dias 11 e 15 de novembro a produtora Base CWB realizou o Rexsom Music Festival, trazendo bandas de som próprio e covers da melhor qualidade e tendo como ponto alto a banda de renome nacional Dr. Sin. A equipe do Arquivo Metal CWB acompanhou todas as noites. Confira abaixo como foram as apresentações.

Pimeira noite -------------------

Quatro bandas se apresentaram na quinta-feira. A primeira a subir ao palco foi a Nekromonster que executou músicas do Misfits. O trio abriu o festival com bom entrosamento. Logo após foi a vez de Madame Thereza, que estreou seu novo vocalista Diego, trazendo uma variação de covers clássicos que passou por Black Sabbath, Judas Priest, Iron Maiden, AC/DC, entre outros. Em seguida, Rasterriv subiu ao palco para apresentar seu trabalho exclusivamente próprio. Com 10 anos de estrada, a banda capitaneada por Guerreiro fez um belo espetáculo, apresentando um hard/heavy/rock cantado em português, lembrando a recente passagem do Matanza. Os londrinenses do Mary Lee & Tha Sideburn Brothers fecharam a noite, com seu rockabilly, embalado pelo baixo acústico e pelo violão elétrico.

Segunda noite -------------------

Sexta totalmente rocker no segundo dia do Rexsom Music Festival, que contou com as bandas curitibanas Punkake e Ribas on the Rocks abrindo a noite para os gaúchos da Cachorro Grande. Casa praticamente cheia logo de inicio quando as meninas (ou melhor, mulheres) da Punkake subiram ao palco mostrando uma evolução musical enorme no decorrer dos anos, com um ótimo entrosamento entre os instrumentos e uma presença de palco digna de banda mainstream, mesclando músicas próprias (incluindo a música de trabalho "Tão Sexy") e covers muito bem executados de Arctic Monkeys, Kings of Leon e The Gossip. Dando continuidade com menos suavidade e mais peso, os já conhecidos das noites curitibanas Ribas on the Rocks, que em outras ocasiões costumam fazer tributo ao Misfits, mas dessa vez mostrando um som próprio de qualidade. Passava da meia-noite e muita gente ainda estava entrando no Hangar para ver de perto a gaúchada e seu Rock'n'roll divertido e escrachado. Era notável o quanto a banda Cachorro Grande gosta de Curitiba e se sente à vontade tocando aqui, soltando um hit atrás do outro para alegria de todo o público presente. Noite memorável!


Terceira noite -----------

Dando sequência ao festival da Rexsom, o dia 13 foi coroado com duas ótimas apresentações. E como não poderia deixar de ser, o público apareceu em bom número. A primeira atração da noite foi a banda curitibana Silvermoon, figurinha carimbada das casas de rock da capital. Tocaram um setlist baseado no mesmo dos últimos shows. Com muito Bon Jovi, Journey, Europe, Survivor e o melhor ao AOR dos anos 80. A banda agradou até as pessoas mais exigentes que estavam no local exclusivamente para ver e ouvir os solos de guitarra do Edu Ardanuy. Saldo positivo na conta do Silvermoon.

Depois de muita espera a banda paulistana Dr. Sin subiu ao palco às 01h30min, já mandando logo de início Fly Away, uma das melhores músicas da banda.  A faixa pertence ao mesmo disco que traz a maioria das músicas executadas na noite: "Dr. Sin II", aquele mesmo, com o incrível Michael Vescera. Na seqüência pudemos conferir a progressiva e pesada Nomad, e a empolgante Fire (que, pra quem não lembra, já integrou até trilha sonora de novela), deixando o público muito animado a ponto de fazerem uma rodinha de mosh no decorrer da música. Sem tempo para descansar, a banda mandou Time After Time, outro petardo do álbum "Dr. Sin II" e, em seguida, boa parte do público cantou em uníssono o refrão de Revolution. E fechando a primeira parte do show, Dr. Sin tocou Isolated, música que dispensa comentários.

A partir desse momento a banda entraria na segunda parte do show, na qual mandaram vários covers e algumas próprias. Pra começar com o pé direito, tocaram a cover Confortably Numb do Pink Floyd. Mesmo a música sendo lenta, é inegável que todos gostaram da execução. A seguir viria outra música das épocas de Michael Vescera, Miracles, sendo bem apreciado pelo público presente e depois um medley que acabou dividindo opiniões, algumas pessoas acharam deveras massante  e outras gostaram bastante. No seguinte medley eles tocaram: Deep Purple, Jimi Hendrix, Pink Floyd. Depois do polêmico medley, começou um solo interminável de teclado para logo em seguida tocarem Kashmyr do Led Zeppelin. Depois disso a banda hipoteticamente terminou o show, foi então que a platéia começou a pedir pela famosa “Futebol, mulher e Rock ‘n Roll”. O Dr. Sin voltou, mas não tocaria essa música... ainda. Para a surpresa de todos, eles tocaram Emotional Catastrophe, o maior sucesso da banda em todos os tempos. Para fechar o show com chave de ouro, eles executaram a tão esperada “Futebol, mulher e Rock ‘n Roll”, fazendo todo mundo cantar sem parar. O show em si teve várias oscilações, com momentos empolgantes e momentos monótonos. No final das contas acabou agradando as pessoas que estavam esperando por um bom e velho rock tradicional, quanto o pessoal que esperava pelas músicas mais progressivas e virtuosas do grupo.


Quarta noite -------------

Domingão pré-feriado estava previsto para começar 19 horas. Quatro horas depois começa a sonzera do Metallica For All. No setlist músicas consagradas da banda como Master of Puppets, Enter Sandman, One, entre outras que fizeram a alegria dos fãs de Metallica. Em seguida, foi a vez do Steel Bullet, tocando covers irreparáveis de Black Label Society e segurando a festa até duas da manhã. Duas baixas foram registrada na noite. As bandas Deletérios e Brave Heart, que estavam na programação do dia, infelizmente acabaram não se apresentado.



Quinta noite -----------

Finalmente chegamos ao último dia do festival, e para quem imaginou uma matinê "light" por ser último dia se enganou completamente, pois o hardcore tomou conta do Hangar com as bandas de abertura. Logo na sequência sobem ao palco os chilenos do Humana (em turnê pelo Brasil) e seu som mais alternativo, deixando o público mais a vontade pra curtir o som de boa e recompor as energias, pois a banda principal ainda estava por vir.

O berrante começa a tocar... é chegada a hora de gastar a sola da bota na roda punk ao som do Hardneja Sertacore, que em sua quinta passagem por Curitiba, mostraram que a mistura do sertanejo com o hardcore está atraindo cada vez mais pessoas que curtem um estilo só ou ambos, soltando clássicos do sertanejo e hits novos do sertanejo universitário em versões mais pesadas e rápidas, mas sem perder a essência caipira que existe em cada uma das músicas.

Como tudo que é bom dura pouco, chegamos ao fim do festival com aquela ansiedade de uma nova edição!
Agradecimentos mais do que especiais ao Anderson e toda sua equipe de trabalhdo do Hangar Bar, Dimas (Basecwb), Bin (Damar Productions), equipe da Curitiba Underground e a todos que fizeram o Rexsom Music Festival acontecer e ajudaram de alguma forma, o nosso MUITO OBRIGADO À TODOS!

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