18 de abr. de 2011

Review: Motörhead em show sensacional

O que se pode esperar de uma das bandas de Heavy Metal mais antigas do mundo ainda em atividade? Uma introdução arrebatadora? Uma entrada triunfante? Uma aparição em meio ao som? Nada disso. O Motörhead começou o show da mesma forma que soam as músicas da banda: direto e simples. Às 21h45 as luzes do Master Hall se apagaram e, em seguida, acendem as do palco. Quem está lá? O trio inglês, fitando o público. Antes de começar o que seria uma apresentação sensacional, Lemmy ao contrário do que se poderia imaginar, começa a falar, cumprimentando os curitibanos e viajantes de diferentes cidades que vieram assisti-los.

Apesar de um show em dois dias consecutivos (a banda tocou em São Paulo dia 16), não há do que reclamar. Do alto dos seus 65 anos Lemmy, praticamente uma lenda, se mostra como um verdadeiro alento para os headbangers que pensam como será envelhecer um dia. O que se viu é que é possível passar dos 60 anos e influenciar gerações mais novas e manter a mesma pegada durante décadas. Contraditoriamente, quem foi ao Master Hall ontem viu um público essencialmente jovem.

O ao vivo permite que se possa entender um pouco da magia do Motörhead, algo que pode não se perceber quando se ouve o CD dos caras. A simplicidade do som, casada ao excelente encaixe dos riffs e à frenética bateria Mikkey Dee (que hipnotizou o público com um solo incrível), praticamente obrigam a acompanhar as músicas balançando a cabeça. E tudo com uma qualidade bastante fiel ao que se houve no material gravado, inclusive a voz rouca de Lemmy, que cantou do início ao fim com a mesma potência.

No setlist, não houve nenhuma surpresa em relação ao que vinha sendo apresentado na turnê de “The Wörld is yours”. Praticamente o que se ouviu foram porradas do começo ao final. A barulheira começou com “Iron First”. De músicas do novo CD apenas duas: “Get back in line” e “I know how to die”. Não houve música em que o público deixasse de agitar. O povo pulou do começo ao final, transformando um domingo comum em um dia inesquecível. Quem assim como eu havia tomado banho antes de sair de casa, na expectativa de chegar em casa para deitar na cama o mais rápido possível, pensando na segunda-feira de trabalho, acabou tendo os planos frustrados. Impossível dormir antes de tomar outro banho devido ao suor.

Ao final, “Ace of spades”, seguindo a regra, fez o público insandecer. Seria também o prenúncio do fim. A 18ª música, última da noite, já vinha sendo premeditada pelo público, que chamava o trio de volta ao palco, pedindo “Overkill”. Como já era previsto, a banda voltou para encerrar a noite, atendendo aos pedidos.

Setlist:
1. Iron Fist
2. Stay Clean
3. Get Back In Line
4. Metropolis
5. Over the Top
6. One Night Stand
7. Rock Out
8. Guitar Solo
9. The Thousand Names of God
10. I Got Mine
11 .I Know How to Die
12. The Chase Is Better Than the Catch
13. In the Name of Tragedy
14. Drum Solo

15. Just 'Cos You Got the Power
16. Going to Brazil
17. Killed by Death
18. Ace of Spades
19. Overkill

Um comentário:

Anônimo disse...

mais uma noite memorável em curitiba! bom demais! :)

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