13 de mai. de 2011

Resenha: Hawthorn - “Thorns and Blood”

Fiel ao que se propõe, o Hawthorn apresenta em seu primeiro CD “Thorns and Blood”, lançado recentemente, um Black Metal sinfônico regado a pedais duplos, presença forte de teclados e variações constantes de harmonia.

O álbum traz oito músicas e uma intro. Fazem parte dos trabalhos os músicos Amanda (voz), Keizi (guitarra), Wilian (baixo), Daniel (teclado e voz) e Guilherme (bateria e voz), além da participação especial de Deborah (voz).A gravação, mixagem e produção ficou a cargo de Maiko Thomé, responsável pelos trabalho no AvantGarde Studio, durante a captação do som, no ano de 2010. A arte de capa ficou por conta de Anderson e Amanda, que desenvolveram um trabalho sobre a foto de Ge.

Ao contrário do que se ouve da maior parte das bandas de Black Metal, o Hawthorn assume, por meio das letras das músicas, sua religiosidade. E não se trata de nada satanista ou qualquer coisa do tipo. Aliás, o Hawthorn prova que Black Metal não é som restrito a quem pratica o paganismo. Músicas como “Eternal Lord” e "Battle Mind” são exemplos disso. Certo trecho ouve-se: “I depend on your grace my God/God of glory and love” (Eu confio em sua graça meu Deus/Deus de glória e amor).

Apesar disso, o som é recoberto de uma atmosfera sombria, graças, principalmente, aos vocais guturais masculinos e aos vocais líricos femininos, criando certo extremismo na sonoridade que é perceptível também nos instrumentos que aliam a forte presença do teclado, de um lado, e da agitada bateria, de outro.

Além das duas faixas já citadas, destaca-se também a última “Thorns”, que alia um dueto interessante de vocais que, em alguns momentos ganha a companhia de uma terceira voz. Este também é um recurso bastante presente no som da banda, ou seja, os vocais que se sobressaem, sobretudo pelo fato da banda contar com três integrantes com participação nas linhas de voz.

“Thorns and Blood” é o segundo disco do Hawthorn. O primeiro é o EP “Dawn of blood”, lançado em 2008, e que contem 4 músicas. Uma delas, inclusive, “Dark night” aparece regravada no lançamento mais recente.

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