17 de out. de 2011

Machine Head e Sepultura fazem show destruidor em Curitiba

Resenha por: Robson Luis Maioki / Fotos por: Andre Smirnoff

Sábado passado (15/10) foi um dia de muita expectativa por parte do público curitibano, o motivo de tudo isso não era um só, eram vários: Darma Khaos (que acabou cancelando a apresentação por culpa de problemas técnicos não informados até o dado momento), Almah (banda do ex-vocalista do Angra, Edu Falaschi), Sepultura (que dispensa qualquer tipo de apresentação) e a atração mais esperada da noite, a banda californiana Machine Head, que atravessa uma ótima fase depois que assumiu o Thrash Metal como estilo soberano nas composições.

Almah:

A apresentação por parte da banda Almah começou por volta das 21h, o número de pessoas na pista já era razoável, porém iria aumentar um pouco mais com a chegada do Sepultura ao palco.
Como banda de abertura, o grupo fez seu trabalho direitinho, aqueceu o público para as duas bandas (maiores e mais conhecidas) que viriam a seguir. O setlist estava bem reduzido (provavelmente toda a primeira parte da turnê do álbum Motion será assim, com poucas músicas no setlist), contando com apenas sete músicas. Do novíssimo disco “Motion” apenas três músicas estavam presentes: Hypnotised, Living and Drifiting e Trace of Trait. Um fato observado na apresentação foi a melhora significativa no vocal de Edu Falaschi em relação à derradeira apresentação com a banda Angra no Rock in Rio 2011. Depois de aproximadamente 40 minutos a apresentação da banda foi
encerrada.

Setlist:

1 – Hypnotized
2 – Beyond Tomorrow
3 – Living and Drifting
4 – Torn
5 – Children of Lies
6 – King
7 – Trace of Trait


Sepultura:

Depois de um pequeno intervalo, os ansiosos fãs da banda Sepultura puderam liberar seus demônios. O grupo se mostrou mais entrosado do que da última vez que esteve aqui por Curitiba, Derrick Green estava bem receptivo em relação ao público, fazendo justamente o que todo frontman — no mínimo — deveria fazer, agitou a galera até o último segundo de show; o próprio soube bem como conduzir a platéia, pedindo pra todos pulassem e agitassem, feito que o público executou sem titubear.
O resto da banda fez um bom trabalho na média, Paulo Júnior com sua imutável presença de palco (ou falta dela?), Andreas Kisser mandando bem nos solos e Jean Dolabella melhorando cada vez mais na bateria. O setlist consistiu entre petardos clássicos (Arise, Refuse/Resist, Choke, Troops of Doom,
Territory, Rattamahata e Roots), músicas separadas de outros álbuns e o resto das “canções” do recém lançado Kairos. Destaque para a música Relentless, na qual Dolabella destruiu na bateria, tocando com uma empolgação incrível. A música escolhida para finalizar a apresentação do grupo foi Roots, com o público participando ativamente: cantando, pulando e batendo palmas. O show, de acordo com o consenso da galera, foi um dos melhores do Sepultura que já aconteceu aqui e provavelmente ficará muito tempo na mente do pessoal.

Setlist:

1 – Arise
2 – Refuse/Resist
3 – Kairos
4 – Relentless
5 – D.E.C.
6 – Convicted in Life
7 – Choke
8 – What I do
9 – Troops of Doom
10 – Septic/Escape
11 – Firestarter
12 – Seethe
13 – Territory
14 – Innerself
15 – Rattamahata
16 – Roots


Machine Head

Às 1h06min, de acordo com o novíssimo horário de verão brasileiro, apagaram-se as luzes da casa de shows Masterhall, a expectativa aumentava a cada minuto para o show mais esperado da noite. Eis que às 1h12min os primeiros acordes de “Imperium”(Through the Ashes of Empires) começaram a ser tocados e o público explodiu em
emoção com a entrada de Robert Flynn, o mesmo retribuiu pedindo para que curitibanos levantassem seus punhos para o alto, indubitavelmente ele foi respondido de maneira positiva. No que condiz participação do povo, o show inteiro foi assim, com essa cooperação entre Robert Flynn e o público, com o vocalista pedindo para o pessoal bater palmas, cantar e, claro, poguear na roda que se encontrava no meio do Masterhall (e que assim ficou lá até o final do show; parecia que a energia das pessoas não acabava nunca). A execução das músicas do novo álbum (Unto Locust) foi belíssima, mostrando um entrosamento digno de inveja entre os integrantes do Machine Head. Destaque para Locust — música com um pronunciamento especial de Robert Flynn, referindo-se às pessoas com que causam emoções/efeitos singulares em nossas vidas. Destaque também para outras duas músicas do sensacional “Unto Locust”, que foram tocadas pela segunda vez na história da banda: I am Hell, música dividida em três partes (uma melhor que a outra), e Darkness Within. Encontraríamos ainda clássicos de quebrar o pescoço de qualquer headbanger no recinto, pauleiras como Old e Davidian — do debut da banda, Burn my Eyes—, Aesthetic of Hate — que contou com um solo de guitarras entre Robert Flynn e Phil Demmel — e Halo, do penúltimo álbum da banda, The Blackening.


Apesar de o setlist executado ter sido muito curto, foi elaborado para que os headbangers
detonassem com seus respectivos pescoços. Muita gente ficou querendo mais músicas, mas infelizmente (ou felizmente) vai ficar pra outra hora, o que segundo a banda acontecerá muito em breve, para a felicidade geral da nação metaleira.

Setlist:

1 – Imperium
2 – Beautiful Morning
3 – Locust
4 – The Blood, The Sweat, The Tears
5 – I am Hell (Sonata in #C)
6 – Aesthetics of Hate
7 – Old
8 – Bulldozer
9 – Ten Ton Hammer
10 – Darkness Within
11 – Halo
12 – Davidian

10 comentários:

Anônimo disse...

Ai emociona!!

Vergil Choinski disse...

Boa resenha cara!

Unknown disse...

pô, achei que quem abriria seria o darma khaos...

teste disse...

Valeu, Vergil!
Eu também imaginava que o Darma Khaos faria a abertura, Guima, mas logo que entrei no Master Hall fui informado que a banda não tocaria mais. =(

Anônimo disse...

Interessante que logo após os shows o Edu Falaschi do Almah deu vários socos num garoto de uns 18 anos durante uma festa após o show, em outro bar da Cidade. o Blood Rock Bar.

"interessante" pq o Edu Falaschi deve ter uns 40 anos. E o garoto, uns 18. E o garoto teve um sangramento no nariz.

Só para constar.

teste disse...

Fiquei sabendo dessa história. Parece que o guri comparou ele ao André Matos, certo?

Vito Cuneo disse...

Po, eu ouvi que o tal garoto falou pro Edu:
- Edu, eu comia a Tarja Turunem e vc?

Então o Edu ficou nervoso e deu um tapa fazendo o garoto pedir desculpas para Tarja.. o garoto se recusou e rolou a briga

Laska disse...

boa resenha robson do xaxim
show do caralho, q obviamente, por questões recorrentemente etílicas, não me recordo com lucidez. Só o nome do cd novo dos ccara q é "Unto the Locust"

teste disse...

Corrigido, caríssimo amigo Laska. hahah

Anônimo disse...

Deve ter sido massa mesmo. Machine Head é sem duvida referencia na musica pesada dos anos 90 para cá.

Obs.: Nooooooofffffaaaaa... o Edu ficou brabinha com o gagoto ??? Aloka !!!


Fica 1 abraço

Gustafah (Terrorzone)

Postar um comentário