Por Vito Cuneo
A banda Curitibana de Death Metal, Necrotério tem uma longa história na cidade. São mais de 15 anos fervendo Curitiba em todas as suas apresentações, com 2 CD's "Lament of Flesh" (1999) e "A Rotten Pile of Dead Humans" (2003) e um DVD "Decade of Laceration" (2004). Há mais de 2 anos a banda não aparecia na cena, mas arrasaram no evento do último dia 12, o Dead Shall Rise, mais uma vez. Como acontecem com bandas em longa atividade, já ocorreram várias mudanças na formação. Por isso, chamamos para um papo o atual vocalista Andre Mauad. Confira:
Vito Cuneo: Há mais de 2 anos não temos notícias do Necrotério em Curitiba, certo? O que rolou para esse sumiço? Andre Mauad: Necrotério tocou ano passado em Colombo, mas em Curitiba mesmo, já faz dois anos que não toca. Muitas coisas aconteceram neste tempo, entre elas se destacam o fato de Marcos ter quebrado o dedo e o nascimento do filho do Diogo. Mas, logicamente, não foi só isso. Na verdade, o que originou esse sumiço foi a grande quantidade de compromissos que todos os membros da banda tinham e ainda têm.
VC: Necrotério já tem 15 anos de atividade. Nesse período, quais foram os lançamentos da banda?
AM: As demos "Host Horror" e "Putrid Glory"; os álbums "Lament of Flesh" e "A Rotten Pile of Dead Humans"; e o DVD "A Decade of Laceration: 10 Splattered Years Live".
VC: Como foi o processo para sua entrada na banda? E há quanto tempo você esta à frente dos vocais?
AM: Eu já conhecia o Marcos e Emerson há muito tempo e sempre acompanhei a banda, desde a época do Mamão Café e Arcadas do Rock. Naquela época eu fazia vocal numa banda de splatter death, assim eles já conheciam meu vocal. Quando o Mano saiu da banda, a mais ou menos 3 anos, eles me procuraram para fazer um teste e, desde então, estou na banda.
VC: Você já contribuiu com alguma música? Existe material novo da banda?AM: Ainda não contribui com música alguma, mas no próximo álbum espero compor pelo menos uma música. Quanto a algum material novo, embora já existam músicas novas, ainda não gravamos nada. Pretendemos gravar algo após este show.
VC: Sobre as letras da banda, tenho a informação que a maioria das letras são do Gustavo e do Evandro (ambos hoje estão fora da banda) e algumas do "Sabugo" (guitar). Certo? E agora quem produz o material da banda?
AM: Correto. Agora, provavelmente, quem vai continuar compondo será o Sabugo (Marcos).
VC: Bom, vamos falar do presente. Conferimos o Show do dia 12/06, o Dead Shall Rise. Podemos esperar mais shows de vocês na cidade?
AM: Sim, com certeza! Principalmente depois de estar com o novo material pronto.
VC: Material novo? Trata-se de um CD? Pode adiantar o que vocês estão preparando?
AM: Então, nossa ideia inicial é fazer um EP com 3 ou 4 músicas para mostrar que ainda estamos na ativa!
VC: Já li outra entrevista, em que o Marcos "Sabugo" Lima (guitar), declarou que vocês são camaradas de longa data. Como era o seu contato antes de entrar na banda e como tem sido agora?
AM: Antes de entrar na banda eu fazia parte do público. Sempre acompanhei e apoiei o Necrotério. Teve até uma época que eu ensaiava com minha antiga banda na casa do Gustavo (vocal da banda na época). Assim sempre fomos próximos. Hoje, ao contrário do que imaginava, o contato diminui um pouco, pois mesmo tocando juntos temos muitos compromissos, dificultando assim o contanto.
VC: O seu primeiro show com a banda foi o evento do Curitiba Underground em 2008, certo? E agora, finalmente, vimos mais um show, no Dead Shall Rise que rolou no dia 12, no Hangar Bar. Antes do show, como estava a expectativa para essa apresentação?
AM: Na verdade não, um pouco antes desse show, tocamos numa festa em Quatro Barras. Não chegou bem a ser um show, mas foi minha primeira apresentação com o Necrotério. A expectativa é grande, pois faz tempo que o Necrotério não tocava, como faz tempo que não tem festival algum de death metal/grind core. Mas não podemos esquecer também as outras grandes bandas da cena.
VC: A equipe do Blog Arquivo Metal CWB vem produzindo uma serie de matérias sobre a cena metal em Curitiba. Como você vê a cena Metal underground da cidade? Você acha que tem união ou ainda existe competição e rivalidade entre bandas?
AM: Hoje a cena é fraca, mas estou notando que aos poucos está se fortalecendo novamente! Quanto a união ou rivalidade entre bandas, acho que hoje prevalece união, embora fraca. Neste sentido, acho fundamental que as bandas se apóiem para que a cena underground volte a ser forte.
VC: Chegamos ao final de mais uma entrevista, para finalizar deixe um recado para nosso público. Obrigado pela atenção e esperamos ver mais shows do Necroterio na cidade.
AM: Primeiramente, gostaria agradecer a todos aqueles que não abandonaram a cena e continuam apoiando as bandas que representam o verdadeiro underground. Também aproveito a oportunidade para convocar todos que apreciam o metal extremo para que participem da cena, compareçam aos shows e continuem lutando pelo underground! Por fim, aguardem, pois em breve sairão novos lançamentos, tanto do Necrotério, como do Libidinum.
Força e honra! Stay Brutal!
22 de jun. de 2010
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Um comentário:
Entrevista bacana, bom saber que o Necrotério está cada vez mais vivo, por mais paradoxal que isso possa ser. haha
Parabéns pro Vitão!
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