29 de jun. de 2011

Review: Necropsya – Distorted

Sem dúvidas, 2011 é um grande ano para o metal Curitibano, depois dos inúmeros shows que rolaram no 1° semestre, inclusive o Show do Slayer, um grande lançamento local: Distorted do Necropsya, que vale lembrar, foram eleitos a melhor banda no Prêmio Ivo Rodrigues de 2010.

Pois bem, os garotos estão trabalhando serio nesse álbum, merecem todas as atenções pois o trampo esta 100%, no nível de bandas importantes do metal nacional como Korzus e Torture Squad. A começar pela produção gráfica, quem gostou da capa, vai curtir mais ainda o encarte, fotografia e a ideia das imagens são ótimas, a qualidade da impressão deixa o trabalho melhor ainda.

1 – Easy Target (03:59)
Musica conhecida até por nunca foi em algum show dos caras, essa musica foi a primeira a ser lançada, como pré-produção. Muito boa para começar a brincadeira.

2 – Proud and Maggots (05:24)
Essa é uma das novidade, não tinha escutado ainda. Muito bom o riff inicial, criatividade do guitar Bertol é só de elogios. Os backs-vocal do Bertol também encaixam bem na musica.

3 – Ask Myself (02:33)
Essa é mais uma novidade, além de não ter escutado ainda, tem a participação do vocal de Daniel Gonzalez. A levada da musica é mais bruta, muitas levadas com “tupa-tupa” tipica dos thrash metal, mas claro que o Necropsya tem sua identidade.

4 – Kill 'Em (07:18)
O que dizer de musica que tem o refrão “cola”, essa musica pode ser apelidada de twitter (galera vai seguir). O refrão citado é “Kill 'Em Motherfucker, Kill 'Em Motherfucker, Kill 'Em Motherfucker, Kill 'Em..” Essa é a Musica mais longa, e conta com backs do Bertol e de Flavio Franco. Eu já presenciei essa musica ao vivo. A guitar é bem casada com a levada da batera. Fico pensando da onde sai tanta criatividade.

5 – Son of Bitch (03:31)
Essa é mais uma das que não tinha escutado ainda, o começo da musica tem uma levada não tradicional, riff que lembra um country rock, isso me lembra a entrevista da banda ao Arquivo Metal CWB após a premiação, em que Bertol comenta que esse álbum tem algumas misturas experimentais. Nessa musica temos o primeiro exemplo disso, não quero deixar ninguém confuso, o barulho é bom.

6 – Sorry (01:26)
Ta ai outra novidade, essa é a musica mais curta do álbum, pouco mais de 1 minuto. Dois destaques, o tema de letra é interessante e efeitos de som que completam a idéia da musica.

7 – What Remains for You (04:51)
Na minha humilde opinião, essa é a top do Álbum, se faltar no show de sexta-feira, quero meu $$ de volta. Além de um riff inicial que lembra muito o thrash alemão, o arranjo musica é uma obra prima. Refrão daqueles que gruda, além das levadas “pula-pula”, pra fazer a galera agitar.

8 – Head UP! (03:40)
Ótima musica, tem uma levada parecida com a faixa de abertura (Easy Target), particularmente, gosto de musicas que alternam partes cadenciadas com o tradicional “tupa-tupa”, solo de guitar é marcante também.

9 – Individual (05:31)
Pra quem ainda não escutou, não se enganem, letra em português? Não, não.. é inglês mesmo. Essa musica é a mais cadenciada do álbum e se bobear da banda, percebe-se um toque do death metal americano dos anos 90, mas calma, só usei um exemplo pra tentar expressar o que ta rolando, pois o som do Necropsya é o “thrash nervoso”. Interessante esse mistura de thrash / death.

10 – Utopia (05:16)
Agora sim, uma musica em português? Sim! Gosto disso, Necropsya ganha muitos pontos, afinal estamos no Brasil e o thrash metal combina com temas políticos - protestantes. E outras bandas já fizeram som assim, exemplo recente é o Korzus. O próprio Necropsya já tinha feito isso antes, com a musica “Determinação”, mas essa musica tem uma pegada diferente.

11 – What the Hell? (05:31)
Mais uma musica nova, pelo menos pra mim. Segue a mesma levada das musica cadenciadas. Mas com outros detalhes, primeiro, os riff do refrão, que tem uma levada de blues, mas claro que na pegada thrash. Por fim os backs vocals. Seguindo o que os garotos, já anunciaram na entrevista ao Arquivo Metal. Manero de tudo isso, é que o batera Celso explora muito o pedal duplo.

12 – Distorted (05:21)
Faixa título do álbum, musica é rápida mas tem as levadas mais cadenciadas. Nota: 10. E não poderia ser diferente, como já falei o trampo ta manero, da vontade de escutar denovo e denovo. O destaque dessa musica é a levada da guitar, Bertol desenvolve pequenos riffs com levada de harmônicos.

13 – Stess (03:17)
Mais uma em português, mesmo com o nome em mídia gringa a musica trata do que é o nosso cotidiano. A trilha do caos urbano já da ideia da porrada que vem. E realmente, a musica tem uma levada em blast. Sensacional, o segundo verso diz “uma criatura, que se diz racional, perde a cabeça, se iguala a um animal”. Perceberam que é cantada em português, a segunda do álbum. Ótima pra fechar o álbum.

Tempo total: 58:07
Galera, vamos sortear 2 cds da banda. Pra concorrer basta assinar nossa newsletter e responder ao e-mail dizendo qual foi a primeira musica divulgada desse álbum.

5 comentários:

Daniel disse...

"Muito boa para começar a brincadeira."
"Fico pensando da onde sai tanta criatividade."
"o tema de letra é interessante e efeitos de som que completam a idéia da musica."

Nunca antes tinha lido uma resenha tão esclarecedora e bem escrita, com comentários tão explicativos e que me instigam a ouvir o álbum...
Quem poderia imaginar que os "back-vocal" encaixariam bem e que a guitarra seria bem casada???

Muita pagação de sapo e pouca avaliação, pouca coerência. Se o blog tá sem assunto, não postem. Dizer que é "bom" e que na opinião de tal pessoa tal música é a melhor, isso qualquer um faz.

Enquanto os blogs de música de Curitiba continuarem pagando sapo para banda de amigos, continuaremos com tantas bandas nada originais na cidade...

Vito Cuneo disse...

Daniel, PA-RA-BÉNS!!

Não precisamos de comentarios assim na cena Curitibana, mais um ponto para a autofagia que rola por aqui

Unknown disse...

daniel, o espaço aqui é democrático. cada um tem um ponto de vista e isso faz com que tenhamos opiniões diferentes, o que é bom, na minha opinião. a resenha do vito é um ponto de vista pessoal sobre um trabalho. eu, provavelmente, escreveria outra coisa, vc outra..., afinal, a impressão é sempre diferente para cada pessoa e às vezes para nós mesmos quando ouvimos o mesmo som tempos depois.
mas me permita discordar da sua opinião.
1. ninguém do arquivo está disposto a puxar o saco de ninguém. nós damos espaço para todos e elogiamos quando achamos que merecem, ao invés de falar mal dessa ou daquela banda. nossa atitude é sempre na positiva, compreende? pessoalmente, falar das coisas ruins é desvalorizar o trabalho de quem faz bem feito.
2.na minha opinião as questões para as quais o vito chama a atenção são relevantes, sim. quem tem banda sabe que construir uma música boa não é tarefa fácil, assim como garantir que a sonoridade dos instrumentos e voz estejam combinando, e é isso que entendi do que o vito quis dizer.
3. a resenha de cd`s é algo comum aqui. sempre que uma banda disponibiliza o material a gente faz a resenha. e a gente procura ser o mais autêntico possível na avaliação. ninguém que escreve é profissional do ramo, mas somos apaixonados pelo HM e fazemos porque gostamos. não é uma questão de ter ou não assunto. o necropsya é assunto sempre que tiver alguma novidade e a verdade é que os caras são foda no que fazem e servem de exemplo.
4. por fim, discordo quando vc diz que a cena não tem bandas criativas. Curitiba tem excelentes bandas que infelizmente acabam ficando no anonimato ou tem vida curta, por uma série de fatores que não vou listar aqui, porque daria uma tese. mas se pensarmos sobre os motivos do porque isso não está tão evidente, vai perceber que, de longe, o problema não é falta de criatividade.

Carlos Gustavo disse...

apenas mais uma banda dentre zilhoes q fazem o mesmo tipo de som de sempre.

Artur Barz disse...

Carlos gustavo I fucking desagree...

A Proud and Maggots tem um baixo fodido, Head up lembra Black lebel society com riffs de thrash metal...É um trabalho singular...não conheço muito o trabalho deles, mas eu já os respeito pelo pouco q conheço...Tem muita banda de thrash q fica na mesma velocidade a musica inteira, tornando o som maçante e pouco interessante (um som até tosco e sem sentido pra mim) - A minha impressão é q o objetivo primordial de muitas bandas é apenas a velocidade sem se importar em explorar suas habilidades como musicos...Só visar a velocidade vc despreza a criatividade...
O q aprecio de fato é bandas q ouçam fazer varios andamentos em suas musicas...vários riffs diferentes, com velocidades diferentes...A exemplo do death...Suas musicas nos 3 ultimos albums pareciam verdadeiras sinfonias! Schuldiner compunha sinfonias q durariam horas em apenas 6 minutos! Isso q eu chamo de virtuosismo...

Mas enfim, o Necropsya é uma banda com uma foraz ousadia a nos oferecer! Não os vejo acorrentados por nenhum dogma.

Postar um comentário