1 de fev. de 2013

Review: Destruction no Yankee Bar

Depois do já anunciado fiasco com equipamento de som, o trio alemão Destruction voltou ao Yankee Bar na quarta para fazer o primeiro grande show de 2013.


A abertura do show, que rolou ainda na terça-feira (29), ficou com o também trio do Imperious Malevolence, com nova formação. O guitar Daniel Danmented comentou que "esse foi o segundo show do Alex na banda, ele está com a gente desde agosto de 2012". A banda fez um show de abertura de 40 minutos, tocaram 8 músicas, dentre elas "From Chaos Shall Rise" e "Arquiteto da Destruição", mas a banda continua firme e forte depois das mudanças, completa Daniel "já temos 3 novas composições com ele, mas nem todas serão usadas no novo álbum, pois queremos lançar as músicas que a banda já tinha.. num próximo registro essas músicas novas serão incluídas". Depois do show, todos aguardavam o Destruction, depois dos atrasos, voltamos na quarta-feira (30) para conferir a tour de 30 anos da banda. Não é a primeira vez que isso acontece em Curitiba (shows adiados) e mesmo com um público menor na quarta-feira o show foi a contento.


Setlist

 From Chaos Shall Rise
 Imperious Malevolence
 Antigenesis
 NOX
 Nihilisticon
 Doomwitness
 Mechanism Of Mayhem
 Arquiteto da Destruição


Um evento dividido em duas etapas, conforme registrado anteriormente por Vito Cuneo. Nossa capital está a certo tempo fora da rota de grandes shows voltados ao Metal. E ávidos pela oportunidade de apreciar uma banda clássica, um bom número de "thrashbangers" compareceu ao Yankee Bar (local improvável e impensável, mais conhecido por baladas sertanejas e afins) novamente, desta feita na noite de quarta-feira; para conferir pela 3ª vez em palcos curitibanos a lenda germânica Destruction, comemorando 30 anos de carreira.

Sem maiores atrasos ou desastres, eram 22:20 aproximadamente quando a intro "Days Of Confusion" rolava mecanicamente; logo após, a banda adentra o palco com um clássico da virada do milênio: "Thrash 'til  Death" - deu início ao estouro da boiada! Rodas, cabelos girando feito hélice e o público berrando junto o sensacional refrão! De imediato, a faixa-título do último registro de estúdio "Spiritual Genocide"; bem recebida pelo público, embora nitidamente desconhecida da grande maioria (até porque, o registro ocorreu em novembro de 2012). Outra cacetada do grande disco "The Antichrist" - riffs perfeitos, as tradicionais "paradinhas" e outro estupendo refrão: "Nailed To The Cross"!

A sequência foi para emocionar a saudosa década de 80: "Satan's Vengeance", "Mad Butcher", "Eternal Ban" (outro hino Thrash), "Life Without Sense" (Schmier dedicou esta aos bangers old school), "Death Trap" (uma grata surpresa) e "The Antichrist" - entre as citadas, tocaram também "Carnivore" e "Cyanide"; ambas do último álbum, que diga-se, são boas músicas, mas os clássicos desempenhados antes praticamente as ofuscaram.

Um simples solo de bateria emendou outro petardo oitentista: "Tormentor" (uma das favoritas deste vosso escriba); foi um salve-se quem puder na pista! Logo após, a faixa "Hate Is My Fuel", do álbum "Devolution", foi bem recebida - funciona muito bem ao vivo, ótimo refrão. O trabalho de retorno depois do hiato que a banda sofreu no final da década de 90 - "All Hell Breaks Loose" (discaço): "Tears Of Blood" (cantada por todos) e "The Butcher Strikes Back" - uma aula de Thrash Metal!

A trinca final do espetáculo é para tirar o pescoço dos eixos por semanas: "Total Desaster", "Bestial Invasion" e outro hino - "Curse The Gods" (esta tocada como bis), fecharam esta honesta apresentação; que ficou na incerteza e revolta da noite anterior a satisfação estampada no rosto de muitos ao final; valorize-se a banda - que remarcou passagens e alterou sua agenda de turnê em função do ocorrido, da produção do evento em buscar alternativas, ao Yankee Bar por ceder novamente o espaço na noite citada e ao público - que diferente de shows de música aclamada pela mídia (entenda-se sertanejo, funk, samba / pagode entre outros), que protestou com o adiamento (óbvio), mas agiu educadamente sem depredar ou causar danos ao local, mostrando mais uma vez que o pré-conceito das pessoas com relação a visual e preferências é sinônimo de ignorância e estupidez.

 Apesar do repertório, para quem é fã sempre faltam algumas músicas. Ainda sonho em ver e ouvir músicas do injustiçado disco "Release From Agony"; tais como a faixa título, "Unconscious Ruins" e "Release From Agony" - enquanto a banda estiver na ativa, talvez não seja impossível.

Que este tenha sido o pontapé inicial para que Curitiba retorne ao rol das capitais a receber grandes bandas das mais variadas vertentes do Heavy Metal, como opção de salvamento contra a mesmice cover que impregna há anos a "cena curitibana".

Por: Juliano "Berte" / Vito Cuneo
Setlist

Days of Confusion (intro)
Thrash 'till Death
Spiritual Genocide
Nailed to the Cross
Satan's Vengeance
Mad Butcher
Carnivore
Eternal Ban
Life Without Sense
Death Trap
Cyanide
The Antichist
Drum solo
Tormentor
Hate is my fuel
Tears of Blood
The Butcher Strikes Back
Total Desaster
Bestial Invasion
Curse the Gods

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