13 de abr. de 2014

Review de show: Paradise Lost - Music Hall (11/04/2014)

Na última sexta feira, 11/04, tivemos a apresentação do PARADISE LOST no Music Hall em Curitiba. Os mestres do Gothic/Doom fizeram um show bastante esperado pelos fãs e competente, como deveria ser.


Previsto para que os portões fossem abertos às 21h, somente 1 hora depois o público pôde entrar. Público esse que compareceu em um bom número - não suficiente para lotar o Music Hall, que é um espaço relativamente pequeno - mas ocupou boa parte das dependências da casa, mostrando a força que a banda tem por aqui.

A abertura ficou por conta dos mineiros do APHIDS. O show começou às 22h30 e a banda demonstrou uma boa performance chamando a atenção do público de maneira positiva, uma vez que a grande maioria não conhecia o trabalho dos caras. Com um instrumental pesado variando de um Heavy Metal mais tradicional até passagens mais cadenciadas e carregadas, a banda tocou por pouco mais de meia hora, com todo material composto por músicas próprias. Destaque para a longa "For What is Word" e sua parte cadenciada no meio gerando uma atmosfera bem bacana ao vivo.



Com uma trilha sonora bem carregada por músicas Drone o palco é preparado até finalmente, por volta das 23h40, entrarem um a um os integrantes da principal atração da noite. Sim, o Paradise Lost se apresenta pela primeira vez em Curitiba, como enfatizou o vocalista Nick Holmes algumas vezes durante a apresentação. Abrem a noite com "Mortals Watch the Day" do terceiro álbum da banda, "Shades Of God" de 1992, ainda da fase Doom/Death dos caras. Nessa tour a banda optou por prestigiar todas as fases da carreira, tocando ao menos 1 música de cada álbum (com exceção do "Believe in Nothing" - 2001). Assim, "So Much is Lost", "Remembrance" e a bela "Gothic" foram executadas. Nesse primeiro quarteto deu pra perceber algumas falhas no som, principalmente quanto ao volume do vocal (um pouco baixo) e a falta de peso da guitarra base de Aaron Aedy. Em compensação, os solos do outro guitarrista, Gregor Mackintosh, foram perfeitos e cristalinos, construindo suas belas melodias características, mostrando porquê ele é O CARA da banda.


"Enchantment", do clássico álbum "Draconian Times" (1995) foi talvez a música mais celebrada pelo público, cantada de maneira entusiasmada. Da mesma maneira, "Faith Divides Us - Death Unites Us" e "Tragic Idol" também mostraram que as músicas mais recentes também têm boa receptividade pelos fãs. "Never For the Damned", faixa de abertura do ótimo "In Requiem" (2007) foi a próxima e, para dar uma agitada no público, momento "pancadão" com "Isolate" (muita gente se sentiu em uma pista de dança nessa hora) e a também alegrinha "Say Just Words" antes de uma pausa.



Após um breve descanso, a banda volta para o bis com a Doomzeira de "Rotting Misery" -  lá dos primórdios da carreira, a cativante e grudenta "One Second", mais uma da fase trevosa com "True Belief" e fechando a apresentação com "Over the Madness". Galera ficou com um gosto de "queria mais", especialmente por cortarem "Erased" do set que estava sendo tocado em shows anteriores e por faltarem clássicos, tirados justamente por essa política de abranger toda a carreira no set... mas enfim, valeu a pena. 01h15 de show, poderia ser mais, mas foi bom.



Único ponto realmente negativo foi na saída o nosso amigo Bertê não ter conseguido o autógrafo do seu ídolo Gregor Mackintosh na sua cópia do DVD "Draconian Times MMXI", somente o do outro guitarrista, Aaron Aedy... fica pra próxima e tomara que os ingleses estejam com menos pressa e mais bem humorados. ;)

Setlist

Mortals Watch the Day
So Much Is Lost
Remembrance
Gothic
Enchantment
Faith Divides Us - Death Unites Us
Tragic Idol
Never for the Damned
Isolate
Say Just Words

Encore:

Rotting Misery
One Second
True Belief
Over the Madness

Fotos: Makila Crowley

3 comentários:

Anônimo disse...

Boa resenha Jean, mandou bem.

Ettine ♫.

Juliano Bertelli disse...

Excelente, Jean! Captou o 'feeling' da noite! E tu acompanhou a empreitada; nada fácil conseguir... mas os caras estavam cansados mesmo, é justo.

Jofre Carsou Hey disse...

Cara, o técnico da mesa de som foi avisado por uma galera que o vocal estava baixo, até o próprio Nick Holmes percebeu. Uma pena não terem regulado isso do início ao fim do show. Além do mais o show foi curto, tomara que da próxima vez eu vá com menos expectativa pra um show do PL.

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