1 de jul. de 2010

"Bandas que não gosto mais": Metallica

Por Vito Cuneo

 
Inauguramos uma série de matérias críticas sobre bandas que mudaram de estilo e visual, mas a verdadeira intenção é deixar algo divertido para o nosso público leitor. Para começar, ninguém menos que o Metallica, banda norte americana dos anos 80. Quem me conhece, já me ouviu dizendo que o "Metallica morreu no 'Kill'em All'", digo isso principalmente depois que lembram minha semelhança com o atual baixista Rob Trujillo. Depois dessa rápida introdução, já perceberam o que vem pela frente. Vamos lá.

Em 1983 é quando começa a brincadeira. "Kill 'em All" é gravado inaugurando a formação James Hetfield (guitar e vocal), Kirk Hammett (guitar solo), Cliff Burton (baixista) e Lars Ulrich (bateria). Dave Mustaine não faz mais parte da banda. Segundo relatos dos músicos, ele bebia demais e foi deixado em tal estado dentro do ônibus da banda. Sendo esse o recado "você está fora da banda". O álbum contem 12 músicas e até que são boas, admito, já escutei muito os rifss e batidas da "Seek & destroy" e "Metal militia" (que era abertura do extinto Fúria Metal MTV). Esse pode ser considerado o 1º álbum (disco) de todo thrasher, pois cabelos compridos, roupas pretas, barba, brincos, tattoos, fazem parte do visual da banda. Mas não é unanimidade.

No ano seguindo, 1984, a banda lança o "Ride The Lightning". Esse álbum ainda contém composições do Dave Mustaine. Sendo um álbum mais curto, com 8 músicas, vem a primeira balada metal, "Fade to Black". Metallica já era uma grande banda. Esses dois primeiros álbuns carregam o selo da Megaforce Records.

Em 1986, nada menos que o "Master Of Puppets", bom disco, de verdade. Esse álbum também contem 8 músicas, mas que valem por 16, pois as músicas são ótimas. Esse foi o último disco do baixista Cliff Burton, depois de um acidente de ônibus, ele faleceu. Muitos dizem que o Metallica perdeu seu rumo depois da morte dele. Esse é o primeiro disco com a Elektra, que acompanhou a banda até 2003. Até aqui a banda apresenta o típico som thrash americano. Guitarras bem afinadas e reguladas, riffs cavalgados e batera tupa-tupa, alternando com batidas cadenciadas.

Em 1987, um EP intitulado Garage Days, contém 4 músicas. Serviu para mostrar que a banda estava ativa, para anunciar o novo baixista Jason Newsted.

Em 1988, o divisor de águas da banda é lançado: "And Justice For All", mais um ótimo álbum. Contém 9 músicas, que também vale ao dobro. É produzido o primeiro vídeo clipe da banda, da musica "One". Existem fãs que declaram que curtem Metallica até esse álbum, existem outros, bem mais novos, que sequer ouviram falar nesses nomes e acredito que dificilmente curtem. Por isso, repito: é um divisor de águas.

Em 1991, a grande surpresa, ou decepção, como queiram. Metallica ou "Black Album" é o começo do fim. Na boa, os riffs até que são legais, como em "Enter Sandman" e "Sad But True", mas é totalmente comercial, música para novela ou para qualquer outro fim comercial. A banda entrou de cabeça no Mainstream. Tentaram reeditar uma balada metal com "Nothing Else Matters". Deu certo, mas não me seduz. As transformações são visíveis: cabelinhos cortados, barba bem feita, tattoos escondidas. A quem diga a blasfemia que esse é o melhor álbum do Metallica, ou pior, que esse é o melhor álbum da década. Fala sério!

Bom, 1996 e 1997 posso resumir em um único parágrafo. "Load" (1996) é a confirmação do metal pop. Não satisfeitos no ano seguinte lançaram o "Reload" (1997). Ai a banda mudou de vez, inclusive na produção gráfica, o logo não era o mesmo. Metallica é considera a banda mais rica dos Estados Unidos. Um status importante, mas que foi mal aproveitado.

Em 1998, uma surpresa, um álbum com covers intitulado "Garage Inc." é lançado. Bacana, boa ideia da banda, as músicas escolhidas são boas, tem Motorhead, Misfits, Thin Lizzy, Black Sabbath e outras bandas mais. Afirmo, esse é maneiro. Pela minha memória começam os problemas de bastidores. O batera Lars Ulrich arruma muitos problemas fora dos palcos, Napster é o alvo contra as, então, desconhecidas mp3's. Lembro-me de uma declaração do ex-baixista Jason Newsted, que Lars se preocupada demais com a imagem e pouco com o som.

Em 1999, mais uma boa ideia da banda, uma megaprodução com uma orquestra sinfônica, regravando as clássicas. Esse merece respeito, pois fizeram arranjo de todas as músicas. Mas acho que a galera nem escuta esse, nunca mais ouvi nas rádios, atualmente sempre que escuto a rádio rock da cidade, escuto algo antigo ou então alguma versão do "Garage Inc.".

Começo dessa década, tivemos um bom descanso da banda, (Ufa) eu acho muito melhor não lançar nada, ficar invisível, do que lançar um material que será muito mais criticado do que elogiado. Mas em 2003 o banda se auto condena com o "St. Anger". Esse foi o álbum mais comentado dessa década, muitas comparações do início da banda com essa fase, muitas comparações com Megadeth e, claro, muitas comparações do próprio som. Lembro-me muito bem que comparavam o som da batera com alimentos enlatados, quem nunca bateu uma colher numa lata de Nescau? Esse é o som da caixa de batera do Lars. Pra mim, uma vergonha.

Não consigo citar nenhuma música, como fiz com "Load" e "Reload." Para fechar a discografia da banda, ainda pela Elektra, em 2009, "Death Magnetic", onde rolou uma tour pela América do Sul com datas no Brasil. Esse álbum teve uma grande produção, digipac, capinhas holográficas e tudo mais. A banda voltou a moda, ou seja, ao mainstream. Escutei as músicas do show, curti a apresentação, pois tocaram muitas músicas antigas, mesmo que numa pegada mais lenta. Os fãs foram ao delírio, os não partidários, não perderam nada.

Para finalizar, a banda tem uma vasta videografia alguns vídeos são interessantes, outros nem tanto, segue a lista:

Cliff 'em All (1988)
VHS 2 of One (1989)
VHS A Year and a Half in the Life of Metallica (1992)
VHS Live Shit: Binge & Purge (1993)
Box Cunning Stunts (1998)
DVD/VHS S&M (1999)
DVD/VHS Classic Albums: Metallica: The Black Album (2001)
DVD Some Kind of Monster (2005)
DVD The Videos 1989-2004 (2006) 
DVD Français Pour Une Nuit (2009)
DVD Orgulho, Paixão e Glória: Três Noites na Cidade do México (2009)

Então finalizo reforçando as minhas intenções. Não estou atirando a esmo, quero apenas levantar algumas discussões com o nosso público. O mundo do metal tem algumas escalas, ninguém nasce ouvindo bandas como Death ou outras bandas mais extremas. Óbvio, para chegar lá rola um estágio e, na minha opinião, o Metallica não está mais nessa fase.

7 comentários:

Anônimo disse...

Nao diria que Metallica é uma banda que eu nao gosto mais, pois como explicado aqui na matéria, os 4 primeiros albuns sao excelentes. A partir do 5º album, nitidamente a banda tornou-se extremamente comercial e nao lançou mais nada digno de elogio. Até esse ultimo Death Magnetic, que muitos pintam como um ''retorno às raizes'', para mim soa um tanto falso. Nao tem aquela mesma garra de antigamente. Eu, ao contrario do Vitor, ja nao curti as apresentaçoes aqui. Nitidamente o James Hetfiled nao tem mais a mesma pegada no vocal e o som dos caras ao vivo, nao soa mais como antigamente. Na minha opiniao, é uma banda que ja fez mais coisas ruins, do que boas.

Fica 1 abraço

Gustavo

Unknown disse...

pois é. cada vez me convenço mais de que uma banda que estoura ou depois que chega ao topo, dificilmente consegue lançar algo na mesma linha ou com o mesmo feeiling do primeiro grande trabalho. isso parece regra. o lance acho que é se manter no topo o máximo possível. no caso do metallica, a explicação para tantas variações, pra mim se justifica pelo caráter comercial que a banda adotou a partir do Black.

Anônimo disse...

vão se fude !!! seus viado
vão escuta RESTART seus cusão

Anônimo disse...

vcf vai escuta guns n/ roses e restart ai vc vai ve o q é ruim

Gio disse...

Maaaaano a galera ficou puta aqui hein? ASDUHSAUHDAUSHDASUHADSUSHDASUHDASHHSD

Só curto o st anger do metallica, nunca curti muito o resto

Anônimo disse...

tinha que ser fã de metallica né

Aron 666 disse...

Temos que tomar consiencia que todas as bandas de hoje são de alguma forma comerciais, ou seja, com fins lucrativos. Devemos também considerar que Metallica apesar de suas fase boas e más teve total importancia na formação do cenario do Metal, analisei a materia a cima onde é destacado as aparencias como:"cabelinhos cortados e barbas bem feitas", e acho que isso nao influencia em nada no som produzido, a aparencia pode varia um exemplo disso é kerry king do Slayer, com seu novo visual não deixou de ser um exelente guitarrista. Independente de aparencias fisicas Metallica é uma banda que merece um respeito enorme pois é um dos integrantes do lendario Big Four.

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