8 de ago. de 2010

Resenha: "Infidels" do At War

Por Felipe Leite

Pode-se dizer que a última década foi realmente muito produtiva para o Thrash metal. Várias bandas novas surgiram. Algumas bandas antigas que nos anos 90 se perderam buscando novas sonoridades (como foi o caso do Kreator e do Destruction) voltaram a produzir bons discos de Thrash e uma outra parcela de bandas de pequeno e médio porte, que não aguentaram as mudanças na indústria fonográfica e desapareceram, lançaram discos de retorno como foi o caso do Nuclear Assault, do Onslaught e do Death Angel.


Já no final da década, em 2009, com sua formação tradicional (diga-se de passagem que nunca mudou desde que a banda foi formada) Paul Arnold (B/V), Shawn Helsel (G), Dave Stone (D) o At War lança aquele que talvez seja um dos melhores discos de Thrash metal da ultima década: "Infidel"

“Assassins” é o nome da primeira porrada que abre o disco. Logo de cara nota-se a ótima produção de Alex Perialas (já trabalhou ao lado de lendas como Overkill, VIo-Lence, Testament e Anthrax).

Dave Stone mostra um excelente trabalho na bateria que pode ser conferido faixa por faixa. Na sequencia aquela que na minha opinião é a música mais legal do disco: “Semper-Fi” com um ritmo totalmente empolgante, riffs agressivos e diretos e um refrão muito marcante.

“Make Your Move” começa com uma levada cadenciada e já cai em uma bela pancadaria alternada com alguns momentos de groove (mas moderado, nada que deixe o disco soando "pula-pula").
A música que leva o nome da banda At War começa de forma direta e pesada com pedal duplo comendo solto. Com uma intro de bateria muito legal e uma pegada Speed metal rementendo as clássicas da banda R.A.F. é outra musica de grande destaque no disco. A ótima “Deceit” mantém o ritmo violento e em seguida vem “Vengeful Eyes”, outro Speed/Thrash violento. Soa como um Motorhead só que mais violento.

O disco fecha com uma regravação muito boa pra clássica “Rapechase”, do disco “Ordered to Kill”. Música executada com o mesmo espírito dos anos 80, mas com a produção mais atual do disco (atual, mas nada que soe moderninho).

Infelizmente o disco não foi lançado em versão nacional, mas vale a pena para quem ainda não conhece a banda e pra quem está interessado em ir ao show procurar adquirir e escutar esse petardo. No meio de tantas reuniões resultando álbuns fracos, o At War conseguiu o feito de fazer frente a seus próprios clássicos “Retaliatory Strike” e “Ordered to Kill”.

3 comentários:

Vito Cuneo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vito Cuneo disse...

Manero Felipe. Esse show promete.

Unknown disse...

legal felipe. gostei da resenha. vamos ver com será o show dia 21

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