Por Robson Maiocchi (resenha) e Andrea Luz (fotos)
No último dia 30 de janeiro, Curitiba estava para receber mais uma leva de bandas da mais nova e badalada tendência no Heavy Metal, o Folk Metal, as bandas em questão seriam Eluveitie — banda suíça e atração principal da noite, Hugin Munin e Lochrann.
A cidade se encabeçou como uma das capitais brasileiras com mais fãs do estilo, então nada mais natural que o grupo Eluveitie tivesse uma data reservada aqui. Sem esquecer que a capital paranaense recentemente já hospedou dois festivais com grupos do gênero nos últimos doze meses, Spirit of the Forest em 20/03/2010 e Skiltron em 19/12/2010. Isso não mencionando o fato que ainda existe mais um festival por vir — no mês de maio deste ano— com uma das bandas mais conhecidas do gênero: o grupo russo Arkona.
É óbvio que os eventos realizados não se equiparam aos festivais europeus ainda, a exemplo dos famosos Paganfest e Heidenfest (os quais acontecem em várias cidades européias). Mas uma coisa é certa, a cena nacional caminha a passos largos para a consolidação do gênero em nossas terras, e não será surpresa se eventos cada vez maiores se realizarem por aqui.
E como não poderia deixar de ser, a equipe do Arquivo Metal CWB esteve presente para prestigiar e conferir o festival, o relato vocês conferem agora:
Lochrann
Logo de inicio, percebemos a nítida semelhança com a banda brasileira pioneira no estilo, Thuata de Dannan. A banda segue fielmente a cartilha do estilo, criando climas típicos da cultura celta e utilizando alguns dos instrumentos que caracterizam o gênero: violino, flauta e bandolim. A apresentação em si foi bem simpática, com o vocalista “Gordo” interagindo com o público em vários momentos. Em geral, a qualidade da banda foi acima do razoável, com presença de palco contagiante. O setlist consistiu em: Eyeless Monkey Inn, Promise, Lords of Gondor, Avalon’s Fall, Pagan Pride, Lughnasad, I Believe e Battleclaim.
Hugin Munin
A banda Hugin Munin já é bem conhecida pelo público curitibano, visto que a mesma já se apresentou no Spirit of the Forest no ano passado. Outro detalhe que seria observado era a diferença do estilo em comparação às duas outras bandas do festival. Hugin Munin desenvolve um death metal melódico semelhante ao tocado pela famosa banda Amon Amarth. A temática da banda é baseada exclusivamente na Mitologia Nórdica, com vários temas exaltando os valores e crenças do antigo povo viking.
A qualidade da apresentação foi indiscutível, agitando muito o público presente. Os momentos de rodinhas de mosh foram bem comuns no show, a música que mereceu mais destaque para o ponto comentado foi a empolgante Ashes Of My Enemy, que acabou sendo a última música do setlist da banda. As outras músicas presentes no set foram: Ravens Empire, Thor in Jotunheim, Heroes Rise, Viking Brothers, Kill Me If You Can, God Of War e Ten Thousand Spears For Ten Thousand Gods.
Eluveitie
Enfim chegava a atração principal da noite pela qual os curitibanos ansiavam em ver, a banda suíça Eluveitie.
Interessante ver como o grupo utiliza diversos instrumentos incomuns aos brasileiros, e desses a viola de roda é o que mais chama atenção. Não esquecendo de outro detalhe: algumas das músicas da banda são cantadas no antigo idioma da tribo celta Helvécia , o Gaulês Helvético, o que torna a banda uma das mais singulares da cena Folk.
Depois de uma breve introdução, a banda atacou com a ótima música Nil — que faz parte do último álbum da banda: Everything Remains As It Never Was —, música que faz uma integração perfeita do Heavy Metal com a Música Folclórica.
A presença de palco dos integrantes foi extremamente boa, com todos eles se destacando constantemente, tanto as meninas da banda (Anna Murphy e Meri Tadic) quanto o vocalista sensação, Chrigel Glanzmann. Não é preciso falar que o público curitibano correspondeu ao máximo essa louvável presença de palco, cedendo muito calor humano à banda.
O setlist da banda baseou-se em uma mescla das melhores músicas de todos os álbuns da banda, tanto o supracitado Everything Remains... quanto os antecessores Evocation I: The Arcane Dominon, Slania e Spirit. As músicas que mereceram mais destaque na apresentação foram Your Gaulish War, Thousandfold, Inis Mona, Slanias Song, Omnos, Dominon e Tegernakô.
Assim que acabava a última música da apresentação, Tegernakô, um sentimento era compartilhado por todo o público: a saudade antecipada desta noite que foi um marco na Capital das Araucárias e que com certeza abrirá um horizonte cada vez mais amplo na cena Folk Metal.
Setlist:
- Nil
- Bloodstained
- Gray Sublime Archon
- Your Gaulish War
- Thousandfold
- Inis Mona
- Slania's Song
- Omnos
- Isara
- Quoth The Raven
- Song of Life
- Kingdom Come Undone
- Dominion
- AnDro
- Primordial Breath
- Tegernakô
13 comentários:
Realmente foi demais o show. Legal a matéria Rob.
Valeu, Clovis!
Eu acho que a Lóchrann agitou bem mais que a Hugin Munin. Acima do razoável? O som deles foi sensacional.
Não gostei da matéria... acho que foi parcial demais.
Muito bom o festival!!
Boa reportagem!!!
Já conhecia Hugin Munin, fui lá pra curtir os caras de novo!!
Só achei meio estranho a palavra "acima do razoável" se referindo à lochran...os caras mandaram muuuuuito mais que acima da MEDIA!!!
gostei muito de conhecê-los tbm!!
Temos q ter mais shows desse porte por aqui!!!
Gostaria deixar claro que o texto corresponde a minha opinião e que, naturalmente, as opiniões sobre as apresentações são as mais variadas entre aqueles que as assistiram.
Obrigado pela manifestação e sempre comente nas resenhas, deixando as suas críticas. :)
Achei as 3 bandas boas, mas confesso q paguei um pau pra violinista da lóchrann, q gatinha..
Fiquei lá na frente só pra ver ela
Também acho que foi parcial demais, visto que vc escreve artigos para o público e não um blog pessoal. A lochrann agitou muito mais do que o Hugin, "acima do razoável" foi meio estúpido da sua parte.
Querida Tati, um blog pessoal também é lido por pessoas. Estupido é tentar denegrir o trabalho dos outros sem ter argumentos. Se fosse do jeito que você fala, todas as resenhas seriam iguais. Mas OLHA SÓ QUE CURIOSO, cada um tem uma opinião particular sobre as coisas. O Robson expressou a dele. Nunca viu na Tv, por exemplo, quando vai começar um programa que não é produzido pela emissora, um aviso "O próximo programa é de responsabilidade de seus criadores e blá blá blá a opinião deles não corresponde a opinião da emissora". Então, se liga.
E PIOR DE TUDO É QUE ELE FALOU BEM DA BANDA. Ah gente, vão beber e parar de reclamar.
Só mais um adendo: Se o show da referida banda tivesse sido A MAIS FODA APRESENTAÇÃO DA HISTÓRIA DA HUMANINDADE, seria "acima do razoável" de qualquer maneira. DÃÃÃÃÃÃÃÃ
Clovis,
ta certo, cara... também acho.
Mas não precisa denigris a Tati também huahuahuahua
uaheuaeiaehaeiuaeiuhae
Não não, nada contra a menina Tati. Só não gostei do argumento dela, isto não quer dizer que eu a odeie ;P
A política do arquivo é o do respeito das opiniões e dos diferentes pontos de vista. o review do rob é também um ponto de vista. é o olhar dele sobre os acontecimentos, como bem frisou o clovis. discordar ou concordar é um direito de qualquer um, desde que mantido o respeito. Quem quiser expressar seu ponto de vista ou contar a sua versão, ressaltamos que o espaço estará sempre aberto.
Eu estive no show, as três bandas tocaram muito.
Acho que a gente devia aprender a valorizar mais as nossas bandas daqui.
Pois diferente da Eliveitie que tem músicos vivendo de música,
as nossas bandas daqui do Brasil têm integrantes que precisam ter um emprego
para pagar suas contas.
Entretanto, no show, aquele músico que é dedicado exclusivamente à música tocou
com a mesma qualidade daquele que não tem o dia inteiro para tocar.
Tanto o lochrann como o hugin munin foram otimos. Nesse sentido eu entendo
que as nossas bandas merecem mais reconhecimento.
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