24 de mai. de 2011

Entrevista: Sacredeath apresenta novidades

O Arquivo Metal CWB conversou com Marcelo Lima (vocalista e guitarrista) e Alessandro Martins (guitarrista), ambos da banda curitibana Sacredeath. Com novo baixista (Cristiano Deathreisen) e Myspace novo (arte de Marcus Lorenzet), a banda se prepara para lançar um novo CD (Spreading Death). Eles também se preparam para abrir o show do Destruction (26/08). É sobre isso e muito mais que a conversa rolou. Confira:

Guilherme Carvalho: Vocês estão com um CD novo pra ser lançado, certo?
Alessandro Martins: Sim.

GC: Fale um pouco desse trabalho.
AM: Foi escrito em meados de 2008, na época do "Welcome to the darkness birth" (CD lançado em 2008). Já tínhamos várias músicas prontas.

GC: Em que fase está a produção do disco?
AM: O disco está pronto, cara. Só falta mesmo prensar. Ele demorou um pouco pra ser terminado por que tivemos algum problemas com integrantes mesmo. 
Marcelo Lima: Todas as letras foram escritas com uma temática um pouco diferente do primeiro. Abordando de forma mais abrangente o nosso cotidiano da forma mais pessoal possível. Além de transmitir uma visão de destruição de crenças e etc. Também a visão que algumas pessoas tem de esperança. Mas a ideia central seria a de que nós não temos mais saída. Fizemos tudo que podíamos para se autodestruir. Essa é a visão do disco. Disseminando doenças, quer dizer, na verdade, doenças do mundo em que vivemos.

GC: Vocês ficaram bastante tempo aí sem aparecer. O que houve para esse sumiço?
AM: Sim, cara. Devido a  gravação do CD e problemas pessoais mesmo,  família, etc  

GC: Vocês tiveram mudanças na formação nesse período, né?
AM: Sim. Recentemente entrou um novo baixista  por que nossa formaçao está estável desde o início comigo, Marcelo e Cristiano (Hanysz - bateria).

GC: A produção do disco foi feita aqui, em Curitiba, mesmo? Onde foi gravado?
ML: No clínica estúdios, com o Murilo da Rós. 

GC: Pelo que entendi, vocês levaram quase dois anos gravando. Foi isso mesmo?
ML: Na verdade não. Tivemos alguns problemas pessoais que atrasaram o término do CD. Levamos cerca de seis meses para fazê-lo. 
AM: O Murilo foi pra Europa, daí atrasou um pouco a mixagem também.

GC: Bom, quais as diferenças vocês destacam entre o primeiro e o segundo disco que está prestes a sair?
ML: A diferença maior, sem dúvida é a sonoridade. 
AM: Eu acho que a parte técnica da guitarras.
ML: Já que o primeiro ficou bem abaixo das expectativas, meus vocais também mudaram bastante.
AM: Sem  dúvida.
ML: Também fizemos vocais limpos que não tínhamos feito no primeiro CD.

GC: Dá pra dizer que neste novo trabalho, então, vocês conseguiram fazer aquilo que não foi feito no primeiro disco?
ML: É difícil
AM: Sim. Mas acho que cada álbum e diferente do outro
ML: No primeiro nós queríamos ir direto ao ponto. Esse novo disco melhoramos em muitos pontos. Ao meu ver fizemos um trabalho mais completo. Ficou mais intenso que o outro. 

GC:  Apesar de vocês serem em 3, as músicas soam bastante preenchidas.
ML: Sempre pensamos muito nas guitarras, principalmente em deixar partes instrumentais no estilo old school, com riffs e tal.

GC: Isso dá pra identificar, principalmente, na "Violation the rules", mas ouvindo a "Punishment of the gods" eu fico na dúvida se podemos classificar o Sacredeath como uma banda exclusivamente de Thrash.
ML: Definitivamente não.
AM: Nós não nos rotulamos Thrash. São as pessoas que falam.
ML: Mudamos um pouco nosso estilo. Queríamos experimentar novas coisas. Não que isso seja uma regra. Mas rolou assim. Se você ouvir outras bandas como Testament também vai notar algumas pequenas diferenças. Também é o processo. A música vem de várias formas. Se classificar é difícil até mesmo para quem já está consagrado. Diria apenas que somos uma banda de Heavy Metal.

GC: Como funciona o processo de composição de vocês? Quem escreve as letras?
ML: Eu mesmo escrevi todo o "Spreading".
AM: As partes instrumentais fazemos junto eu e o Marcelo. 
ML: O Alessandro é um grande parceiro meu. Somos como irmãos, na verdade. Quando componho e ele também, ajudamos um ao outro. Não tem uma regra.
AM: Já estamos há alguns anos junto e sabemos o que o Sacredeath precisa

GC: Já que entramos nesse assunto, contem um pouco da história da banda. Como vocês se conheceram?
ML: Tá com tempo (risos)?

GC: Dá uma resumida aí.
AM: O Marcelo era casado com minha irmã. Somos cunhados, pelo menos eu considero assim, ainda. No início montamos uma banda de power metal, o Mourninghall. Músicas próprias e covers
ML: Isso há, mais ou menos, 10 anos atrás. 
AM: Sim, depois venho o Stormrider,  mais uns 2 anos.
ML: Depois ficamos cerca de 3 anos sem tocar. Totalmente parados.
AM: Músicas próprias e covers também. Daí decidimos achar um nome até porque esse nome já existia. Daí surgiu o Sacredeath. Temos uma demo com o Stormrider.

GC: Que ano foi isso?
AM: Meados de 2006 a 2007. Já estamos há alguns anos no cenário de underground. O Liven Garden tocou no seu primeiro que eu produzi, na época, no Porão Rock Club.

GC: E o baixista novo, o Cristiano Deathreisen? Ele entrou quando?
ML: Faz pouco tempo, mas tocou comigo e o Alessandro no início de nossas carreiras. É também um grande amigo.

GC: Legal. Bom, vocês tem um contrato com a Neural. Como funciona essa relação? No que eles apoiam vocês?
AM: Já trabalhamos com eles há alguns anos já. Nossa relação é de amizades, antes de tudo.
ML: Tem funcionado de forma natural. Nada é imposto por eles ou por nós. É mais uma troca e eles acreditam na banda e nós procuramos fazer o que cabe a nós que é tocar. Esse apoio da Neural tem sido bom para a banda. Eles fazem muita divulgação da banda como grandes evento e anúncios em revistas.

GC: Certo. O CD está quase pronto. Qual a previsão de lançamento? Vai haver um show de lançamento ou coisa assim?
ML: Com certeza. Ainda não temos data certa para poder transmitir aos nossos fãs, mas vamos fazer um lançamento sim. 
AM: Estamos  esperando alguns contatos ainda.

GC: Mas há previsão aproximada para o lançamento? Sai antes de julho?
ML: Certeza. Já demorou muito até. Nossa ideia era ter lançado ano passado já.
AM: Estamos ansiosos cara, mais que qualquer pessoa.
ML: Eu acreito que mais um mês ou dois.

GC: Vocês vão prensar onde e existe algum planejamento para distribuição já?
ML: Se não tiver nenhum evento próximo, faremos algum evento com bandas convidadas pra galera curtir.
AM: Estamos vendo esta questão da prensagem ainda.

GC: Quem foi no Death Angel pode ter uma boa ideia do que virá no disco? (o Secredeath abriu o show)
ML: Com certeza. Estamos trabalhando pra superar aquele show. Pode esperar algo mais. Até mesmo em questão de palco estamos dando uma incrementada no visual.

GC: E pra abertura do Destruction? O que esperar? Vamos ouvir o som do CD novo lá?
ML: Sim, algumas, mas como esse disco está um pouco diferenciado, estamos preparando mais músicas antigas que soam mais Thrash possível.

GC: Agradecimentos finais aí moçada.
AM: A todos que acreditam no Sacredeath ao longo desses anos, a Neural Machine, Pedro, Sergio, Buga, Soul Assassins, Road Crew, Ricardo Batalha, Caverna, grande amigo, as pessoas que de alguma forma contribuiram com o Sacredeath.
ML: A todos que acreditam na banda e demonstram isso no nosso dia a dia, aos parceiros da Neural Machine, a vocês da mídia especializada que tratam com respeito a todas as bandas, como nós, aos fãs que sempre estão juntos nos dando suporte. 

Confira mais: http://www.myspace.com/sacredeathband

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