É com tristeza que inicio esta resenha de um dos melhores lançamentos, não apenas do ano, mas da excelente discografia desta banda que definiu o termo / gênero Doom Metal.
Alguns meses antes, o anúncio oficial da banda demitindo o vocalista Robert Lowe alegando "deficiência nas apresentações ao vivo" e de antemão anunciando que "Psalms For The Dead" seria o álbum de encerramento - ao menos no que se refere a gravação de novos álbuns, deixou fãs e imprensa especializada apreensivos.
Mas, deixemos tais fatos para a posteridade e vamos ao que de fato importa; o disco em si. Mantendo o padrão de composição alcançado em "Death Magic Doom" (2009), com riffs sorumbáticos, melodias densas, teclados climatizando em harmonia com baixo / guitarra e bateria criativa e precisa, a abertura com a faixa "Prophet" é fenomenal; cuja letra critica duramente as seitas religiosas e sua manipulação através de falsos e imaginários profetas.
Destaco logo após a emocionante "Waterwitch"; com o típico andamento Candlemass e que remete diretamente ao eterno clássico "Epicus Doomicus Metallicus" (1986): guitarras hipnotizantes e grande interpretação de Lowe, "The Lights Of Thebe" tem um solo de guitarra matador - cortesia de Lars Johansson, a magistral e macabra faixa-título - totalmente fúnebre, uma do single promocional - "The Killing Of The Sun"; grande refrão e excelente trampo de baixo e bateria e o final apoteótico com "Black As Time"; começo em narrativa de Robert Lowe, parecendo um ritual de morte, seguida por riff magistral de guitarra e convidando o ouvinte a "bater cabeça" como se fosse o último ato de sua vida!
Destaque também para a excelente produção do álbum; gravação que deixou os instrumentos bem timbrados, mantendo a essência da banda, além da embalagem envolta num belíssimo digibook (esta edição acompanha um DVD bônus, com cenas de bastidores em Tour e a banda em estúdio).
Altamente recomendado e mais um a figurar em listas de melhores de 2012!
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