A oitava edição do já tradicional ‘Dead Shall Rise’ presenteou os bangers locais com a lenda norte-americana Master; com a participação mais do que especial das bandas Necrotério (que comemorava 20 anos de atividade underground), os catarinenses da Zombie CookBook, Incivus Infectus e a estreante da noite, Ethel Hunter (‘banda nova de macaco velho’; músicos que já atuam / atuaram em formações como Anmod, Fornication, High School Massacre, Child O’Flames, entre outras), divulgando o E.P. ‘No Man is Truly Free’.
Seguindo um padrão de cronograma estabelecido pela Damar Productions e previamente divulgado, sem atrasos sobe ao palco Ethel Hunter; executando um Death Metal nos moldes tradicionais do estilo, de formações clássicas do início da década 90 (Asphyx, Benediction, Cancer, Grave e Sinister são algumas referências). Banda extremamente coesa, excelente trampo de cordas e ‘cozinha’ muito técnica. Surpreenderam positivamente a todos que estavam no local; aguardemos por uma nova apresentação em breve.
Logo após, a banda Incivus Infectus – muito atuante na cena, com sua mescla brutal de Black / Death / Grind manteve a temperatura da casa elevada, com uma rápida, porém violenta performance – o trampo da banda é ‘dukaralho’. Destaco a precisão e velocidade do baterista Yuri e as linhas vocais de Mike.
Sem maiores demoras, os catarinenses da Zombie CookBook inciaram seu Death / Thash Metal com influência de grandes nomes como Carcass, Exhumed, Autopsy, Impetigo e outras formações do gênero. Já conhecidos por aqui, realizaram uma grande apresentação; instigando o público a formas as primeiras ‘rodas’ da noite. Vale destacar também o visual da banda, no melhor estilo dos filmes ‘Trash B’ – fechando uniformemente com a proposta lírica / sonora.
Falar da importância da banda Necrotério dentro do underground da cidade / estado é quase redundância. Batalhadores desde o início de sua existência, nos presentearam com uma performance absurdamente insana – do início ao fim. Músicas dos já clássicos ‘Lament of Flesh’ e ‘A Rotten Pile of Dead Humans’, somadas a covers de Six Feet Under e Terrorizer, transformaram a frente do palco num verdadeiro ‘furacão humano’. Sem dúvidas, uma das melhores apresentações que assisti da banda em muito tempo!
Uma pausa para renovar o oxigênio, beber cervejas, conferir merchandising e trocar idéias com os camaradas. Tempo necessário para os ajustes e uma breve passagem de som.
Chegava o momento de conferir mais um nome histórico do Death Metal mundial em palcos locais., num ano que promete ser de grandes atrações.
O veterano Paul Speckmann demonstrou simpatia desde sempre (atendendo gentilmente na venda do material de sua banda e solícito quanto fotografado), agradecendo a presença e a oportunidade de tocar em solo brasileiro.
E sem maiores delongas, tem início a pancadaria. Faixas do primeiro e clássico álbum, do sensacional ‘On the 7th Day God created... Master!’; passando pelos mais recentes ‘Slaves to Society’ e ‘The New Elite’, uma aula em se tocar metal extremos sem firulas e com o feeling que poucas bandas atuais têm ou mesmo algumas já existentes perderam. Numa palavra categórica para resumir – memorável!
Agradecimentos:
- Hamilcar Zaim (Damar Productions); pela organização pontual de mais um grande evento.
- Betty Lane (Betty BM); que gentilmente cedeu fotos que complementam / ilustram estas linhas.
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