Nessa quinta feira tivemos mais um show humilhante em Curitiba. Dessa vez foram os suecos do HYPOCRISY que detonaram as estruturas do Music Hall. Peter Tägtgren e sua turma mostraram porque são uma das lendas vivas do Metal extremo mundial.
Quando os portões foram abertos era pouco mais de 20h e o público nesse horário ainda não era bom. Aos poucos a casa foi enchendo e por volta das 21h30, pouco antes da banda iniciar a apresentação, já havia um bom número de pessoas - no meu "achômetro" detectei um pouco menos em relação ao que tinha no show anterior que vi lá (Paradise Lost).
Passados alguns minutos das 21h30 é ouvida uma intro sinfônica e a banda aparece no palco. Pouca saliva e muito suor foi o lema do guitarrista e vocalista Peter Tägtgren, que ao lado de Tomas Elofsson (guitarra), Mikael Hedlund (baixo) e Horgh (bateria), tocaram uma chinelada na sequência da outra sem muito tempo pra respirar. A primeira quadra, composta por "End of Disclosure", "Tales of Thy Spineless", "Fractured Millenium" e "Killing Art" já mostra a que a banda veio, muita energia e empolgação.
Uma breve pausa para Peter agradecer a recepção do público e eles logo mandam outra sequência: "The Eye", "Valley of the Damned" e "Fire in the Sky", três das melhores músicas deles. Até aqui a fase mais moderna e calcada no melodeath foi celebrada, mas para os fãs da fase "podreira", lá dos primórdios, o medley de "Pleasure of Molestation"/"Osculum Obscenum" e "Penetralia" foi o clímax. "Buried" seguiu a mesma toada antes de uma sequência um pouco mais cadenciada com "Elastic Inverted Visions" e "44 Double Zero". "War-Path" volta a empolgar a galera e a banda fecha com a poderosa "The Final Chapter".
No bis, Peter voltou com uma bandeira do Brasil nas costas. Comentou que se sentia um verdadeiro "super herói brasileiro" antes de mandar a clássica "Roswell 47". "Adjusting the Sun", uma das minhas músicas preferidas deles, agitou o público com sua rifferama devastadora e o gran finale da noite ficou por conta de "Eraser". Quase 01h30 de um show com pouco discurso e muita ação, como aliás deve ser.
Grande destaque para a sintonia entre os integrantes da banda, que além de tocarem muito mostraram ótimo entrosamento, e pro gutural matador do mestre Peter. Confesso que tenho problema com muitos tipos de "vocais de urso", mas Tägtgren consegue fazer de uma maneira única, bastante técnica e intensa - mantendo a qualidade do início ao fim da apresentação.
Outro ponto positivo foi a civilidade do público. Em shows de bandas mais extremas e enérgicas, como Thrash e Death Metal, sempre tem uma galerinha que sobe no palco pra fazer o stage dive... não que eu ache isso ruim - sei que faz parte da cultura headbanger - mas tem banda que não gosta disso pois atrapalha os caras, ainda mais num palco pequeno como o do Music Hall (onde também há uma facilidade enorme pra subir). Público se limitou a curtir o show e agitar cantando e fazendo uma ou outra roda no meio, bacana isso.
Enfim, mais um showzaço que valeu a pena acompanhar. O pescoço dolorido e o início de resfriado que vieram como brinde no dia seguinte são irrelevantes... passam. As memórias de um grande show não. Ficam gravadas.
Setlist:
End of Disclosure
Tales of Thy Spineless
Fractured Millennium
Killing Art
The Eye
Valley of the Damned
Fire in the Sky
Pleasure of Molestation / Osculum Obscenum / Penetralia (medley)
Buried
Elastic Inverted Visions
44 Double Zero
War-Path
The Final Chapter
Bis:
Roswell 47
Adjusting the Sun
Eraser
Fotos: Makila Crowley
25 de abr. de 2014
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