2 de jun. de 2012

Resenha: Accept - "Stalingrad - Brothers In Death"



Nem o mais otimista dos fãs do Accept sonhava que a banda acertaria tão em cheio com a entrada do vocalista Mark Tornillo. Claro que a simples mudança de um integrante não seria suficiente se o material oferecido não convencesse. 

E "Blood Of The Nations" foi simplesmente o melhor disco da banda em muito tempo. Por isso, não é surpresa que "Stalingrad" siga a mesma fórmula básica, com resultados tão satisfatórios quanto o seu antecessor. Mais uma vez, a produção de Andy Sneap faz a diferença, deixando o álbum vigoroso e com um frescor atual sem descaracterizar a tradição sonora oitentista dos alemães.

A abertura com "Hung, Draw & Quartered" é naquele velho estilo de meter o pé na porta! Guitarras pesadas, backing vocals em coros e velocidade na medida certa para o banging. Na sequência, a faixa-título - já conhecida por muitos por vazar na internet, outro típico hino com a marca registrada da banda. Detalhe para a inserção do hino russo acompanhando o solo de guitarra - simplesmente fenomenal! 

A rifferama toma conta em "Hellfire"; música densa onde nota-se alguns dos detalhes característicos das produções de Sneap. Aliás, é justamente nessa faixa que Tornillo faz uma de suas melhores emulações de Udo Dirkschneider.

Hora de empunhar a air-guitar com a fantástica "Flash To The Bang Time", aquela injeção de adrenalina necessária em todo headbanger. Um show de sincronia e inspiração, um dos grandes momentos no álbum e da história do Accept. A intro de "Shadow Frontiers",com violões e guitarras limpas prepara o ouvinte para uma cadência matadora, no melhor estilo de clássicos como "Head Over Heels". De dar cinco nós na garganta de tanto berra o refrão! O crescendo em que se desenvolve "Revolution" traz um clima todo especial, como se um exército viesse marchando em direção ao ouvinte até que uma sangrenta batalha começa!

A mais curta "Against The World" traz um approach mais  próximo do Hard Rock, enquanto a calmaria "Twist Of Fate" mostra Mark variando seu registro vocal com maestria. A excelente "The Quick And The Dead" resgata os momentos mais velozes com categoria e solos matadores (cortesia da dupla Herman Frank e Wolf Hoffmann), enquanto "The Gallery" (grande levada da "cozinha") encerra o disco lembrando algumas parte de "Teutonic Terror" e deixando o ouvinte engatilhado para dar o play novamente! 


A volta do Accept pode não ser uma das mais rentáveis da história do Heavy Metal, mas em termos de criação está no topo da lista.  Pouco mais de 51 minutos de verdadeiro Metal e um dos candidatos a figurar na lista de melhores lançamentos deste 2012.

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